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Cotidiano

Mulheres sul-mato-grossenses representam o Brasil na ONU em debate global sobre igualdade de gênero

A participação ocorreu por meio da Federação Internacional das Mulheres de Carreira Jurídica
Diego Alves -
Representaram o Brasil na 69ª Sessão da Comissão sobre a Situação da Mulher (Divulgação)

Nova York, março de 2025 – Durante uma semana de intensos debates e articulações, quatro sul-mato-grossenses representaram o Brasil na 69ª Sessão da Comissão sobre a Situação da Mulher (CSW) da Organização das Nações Unidas (ONU), um dos principais fóruns globais dedicados à promoção da igualdade de gênero e ao empoderamento feminino. A participação ocorreu por meio da Federação Internacional das Mulheres de Carreira Jurídica (FIFCJ) e da delegação oficial do Ministério das Mulheres do Brasil.

Tatiana Ujacow, Rachel Magrini, Dirce Nascimento e Andressa Abel estiveram entre as centenas de mulheres líderes de todo o mundo que participaram de reuniões estratégicas, incluindo encontros no Consulado do Brasil em Nova York, debates com entidades internacionais e painéis sobre temas cruciais como violência digital contra mulheres, representatividade política feminina e o papel da sociedade civil na luta pelos direitos das mulheres.

CSW: o maior fórum global sobre igualdade de gênero

A Comissão sobre a Situação da Mulher (CSW) é um órgão da ONU voltado exclusivamente para a promoção da igualdade de gênero e o empoderamento feminino. Realizada anualmente em Nova York, a conferência reúne representantes de governos, ONGs e organismos internacionais para avaliar o progresso e os desafios enfrentados na busca por equidade de gênero em todo o mundo.

Em 2025, a CSW teve um significado ainda mais especial, pois marcou os 30 anos da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim, um marco fundamental estabelecido em 1995 para a defesa dos direitos das mulheres. Na ocasião, 189 países firmaram compromissos para garantir a igualdade de gênero em diversas esferas, incluindo saúde, educação, participação política e combate à violência.

Brasil na CSW 2025: debates fundamentais sobre os direitos das mulheres

A comitiva brasileira teve uma presença ativa nas discussões da CSW, reforçando a importância da participação feminina na política, o combate à violência de gênero e a necessidade de fortalecer o papel da sociedade civil no avanço dos direitos das mulheres. Um dos painéis mais impactantes abordou a violência digital contra mulheres e meninas, tema de crescente preocupação global diante do aumento de ataques misóginos em redes sociais, perseguições online e crimes cibernéticos de gênero.

Outro ponto central das discussões foi a representatividade política das mulheres, um desafio ainda latente no Brasil e no mundo. Os debates ressaltaram a urgência de políticas públicas que incentivem a participação feminina em espaços de poder e decisão, combatendo barreiras estruturais e culturais que historicamente excluem mulheres do cenário político.

Além disso, a delegação sul-mato-grossense destacou a relevância da sociedade civil na construção de políticas públicas de gênero, enfatizando o papel de entidades como a FIFCJ na formulação e defesa de direitos para mulheres em diferentes setores da sociedade.

O protagonismo de na delegação brasileira.

A presença de Tatiana Ujacow, Rachel Magrini, Dirce Nascimento e Andressa Abel reforçou o protagonismo de Mato Grosso do Sul nos debates globais sobre equidade de gênero. O estado, que tem um histórico de luta pelos direitos das mulheres, foi representado por mulheres de carreira jurídica que atuam na defesa de vítimas de , na promoção da participação feminina no direito e na política, e no fortalecimento de redes de apoio para mulheres.

Para Rachel Magrini, a participação na CSW 2025 foi uma oportunidade estratégica de troca de experiências e fortalecimento de políticas que possam ser aplicadas no Brasil. “Estar na ONU, debatendo com mulheres de todo o mundo, nos faz enxergar o impacto da atuação da sociedade civil na luta pela igualdade. Precisamos continuar avançando e garantindo que nossos direitos não sejam retrocedidos”, afirmou.

A advogada e professora da , Tatiana Ujacow, também destacou a importância da presença da FIFCJ no evento. “A Federação Internacional das Mulheres de Carreira Jurídica tem um papel fundamental na construção de políticas e legislações que protejam os direitos das mulheres. Nossa participação na CSW é essencial para reforçar o compromisso do Brasil com esses avanços”. Reforçou que “a grave situação de violência contra as mulheres em Mato Grosso do Sul exige maior engajamento em todas as esferas, essa luta deveria ser prioridade da sociedade”.

Manoela Gonçalves, presidente da FIFCJ e da ABMCJ Nacional:

“Nossa presença na CSW reforça o compromisso da advocacia feminina na defesa dos direitos das mulheres. Precisamos fortalecer leis, garantir políticas públicas eficazes e ampliar a representatividade feminina em todos os espaços de decisão. A luta pela igualdade de gênero é global, e a advocacia tem um papel essencial nesse avanço.”

Dirce Nascimento, presidente da ABMCJ/MS:

“Levar a voz de Mato Grosso do Sul para um evento dessa magnitude demonstra a força da nossa atuação em prol das mulheres. Seguimos firmes na defesa dos direitos femininos, combatendo todas as formas de violência e assegurando que as políticas públicas sejam realmente efetivas.”

Um marco para a igualdade de gênero

A CSW 2025 reforçou a necessidade de que os compromissos firmados na Carta de Pequim, há três décadas, sejam não apenas mantidos, mas ampliados diante dos novos desafios enfrentados pelas mulheres no século XXI. A presença da delegação brasileira e, em especial, das representantes de Mato Grosso do Sul, demonstrou que o Brasil segue ativo na luta pela equidade de gênero, levando sua voz para um dos mais importantes palcos de debate global.

A missão agora é trazer esses aprendizados para o contexto local, transformando discussões em políticas concretas que garantam o empoderamento e a proteção das mulheres em todas as esferas da sociedade.

Divulgação

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