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Cotidiano

Mulheres se uniram para criar feira e livrar praça do abandono no Jardim Panamá 

Em sua 6º edição, feira criativa reúne moda, gastronomia, artesanato e muito mais
Idaicy Solano -
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Feira livrou praça do abandono e reúne arte, cultura e lazer no bairro (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Em sua 6º edição, feira criativa realizada na praça do Bairro Jardim Panamá reuniu dezenas de famílias e expositores na tarde deste domingo (9). O evento reúne sustentável, , artesanato e contou com programação especial em alusão ao dia das mulheres e apresentações musicais e de

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Com início às 9h, o público teve a oportunidade de participar da palestra “A proteção de mulheres e crianças em Campo Grande”, ministrada pelas defensoras públicas Neyla Ferreira Mendes e Maria Isabela Saldanha.

Quem compareceu também pôde assistir a uma apresentação de passinho das alunas do projeto Movimenta Campo Grande e a um espetáculo de balé clássico. Para embalar a tarde quente de domingo, a feira contou com a presença do DJ Marcello Cavallero, que tocou os melhores sucessos do flashback.

A feira foi criada pela aposentada Maria de Fátima Rodrigues, de 59 anos, e teve sua primeira edição em outubro de 2024. Ela conta que tudo começou a partir da união das mulheres do bairro, que queriam livrar a praça da situação de abandono e movimentar a região.

Maria de Fátima criou a feira com apoio de outras mulheres do bairro (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Maria conta que o grupo decidiu utilizar o espaço para realizar a feira criativa uma vez por mês, para trazer uma opção de lazer para a vizinhança e também buscou apoio da Funesp (Fundação Municipal de Esporte) para trasnformar o espaço em um centro com aulas de pilates, dança e funcional oferecidas gratuitamente.

Atualmente, a feira conta com 50 expositores, e Maria de Fátima detalha que costuma trazer diferentes tipos de atrações a cada edição, para proporcionar uma variedade de atividades ao público. Em edições anteriores, a feira já recebeu uma exposição de carros antigos.

“Além de ser uma opção de lazer, também promove acesso à cultura. Tem muitas feiras [na cidade] que ficam longe, e é difícil ir com a família toda. Então, quando você traz isso para o bairro, tem mais prestígio”, explica.

Os empreendedores Iara Trevejo, de 54 anos, e Ozivio Trevejo, de 59 anos, são produtores de mel e possuem dois apiários, em e em . Há dois anos, eles participam das feiras criativas na cidade e agora marcam presença no bairro Panamá.

Para Iara, a feira significa uma oportunidade de se conectar com diferentes tipos de clientes. “A feira te dá visibilidade. Hoje você está aqui, atende vários clientes, conhece clientes novos. Ela te dá visibilidade para o seu produto”, afirma.Ozivio complementa, destacando que o local também é um espaço para descontração e para fazer amizades. “A gente conversa com muitas pessoas, vê gente diferente, faz amizade, e isso tudo não tem preço”, diz.

A artesã Ana Cláudia Leite Pereira, de 59 anos, trabalha com itens de decoração em madeira e gesso, e seu carro-chefe são os produtos católicos. Ela já participa de feiras há 5 anos e está presente em todas as edições da Feira do Panamá.

Para Ana Cláudia, a feira é uma oportunidade para os pequenos empreendedores, pois dá chance àqueles que não têm condições de pagar o aluguel de uma loja de expor seus produtos ao público. “Você acaba abrindo uma frente para novos clientes, porque, se ele não comprar hoje, amanhã pode ser um novo cliente. As feiras possibilitam que você seja visto na cidade”, ressalta.

A gerente de RH Paula Santana, de 41 anos, frequentou a feira pela primeira vez neste domingo e compartilhou sua experiência com a família durante o evento. “Meu marido já tinha vindo no mês passado com a minha filha, e ele falou que foi muito boa a experiência. Então, resolvi vir com toda a família e prestigiar”, contou.

Ana Cláudia aproveitou a tarde de domingo em família na feira (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Paula destacou que o evento é uma oportunidade para reunir a família e desfrutar de momentos de lazer, além de oferecer uma programação diversificada, variedade de expositores e opções de gastronomia. “Seria bom se tivesse mais edições durante o mês. É uma oportunidade tanto para reunir a família quanto para espairecer, ver coisas diferentes e conhecer pessoas. A gente gostou bastante”, afirmou.

A gerente ressaltou que a mãe, que mora no bairro Estrela do Sul, também veio junto e adorou a experiência. “Ela ficou até depois do almoço e achou o evento incrível”, disse.

A vendedora Cristiane Braz, de 48 anos, aproveitou a tarde descontraída na praça para dançar, se divertir e interagir com os moradores do bairro. Ela compartilhou que a feira é um espaço para trocar boas energias e fazer amizades. “É uma conexão muito grande, e é muito bom participar, conhecer novas pessoas, novas culturas. Fazia muito tempo que eu não dançava assim na frente de todo mundo. Tinha até um pouco de vergonha, mas agora extravasei”, concluiu.

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