O grupo de pessoas com maior nível de instrução, sendo especialização, mestrado e doutorado, é formado majoritariamente por mulheres brancas em Mato Grosso do Sul. Homens e pessoas pretas ou pardas também chegam lá, mas em percentuais menores.
Os dados são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e mostram o cenário educacional de Mato Grosso do Sul. Para se ter ideia das discrepâncias, entre as pessoas com nível máximo de instrução, 5,3% são homens e 8,2% são mulheres.
Os dados relacionados a cor e raça também chamam atenção. O Estado tem 10,3% de pessoas brancas com alto nível de instrução, contra 4,2% de pessoas pardas ou negras nessa situação. É possível dizer que no Ensino Médio os dados são equivalentes entre gênero e raça.
Porém, a partir do ensino superior o cenário muda completamente. Apenas 16% de homens chegam a uma faculdade, contra 21% de mulheres. No recorte de raça, 23,7% das pessoas brancas vão à faculdade, enquanto apenas 14,8% de pardos e negros terminam o curso superior.
Estuda e trabalha
Outro dado revelado pelo IBGE é de que mais da metade dos estudantes de Mato Grosso do Sul também trabalhavam. Em 2024, havia cerca de 322 mil estudantes de 15 anos ou mais do Estado, destes, 53,5% estudavam e trabalhavam.
O número coloca MS na quinta posição entre as UFs com maiores percentuais. Santa Catarina fica em primeiro, com 58,8%, seguida de MT (57,3%). A menor proporção foi vista no AC, com 26,2%.
Quando visto pela ótica que compara os sexos, há um fenômeno interessante. Em números absolutos, havia 173 mil estudantes de 15 anos ou mais ocupados, destes, a maioria era de mulheres, pois cerca de 90 mil eram deste sexo e 82 mil homens.
No entanto, em percentuais as posições se invertem, cerca de 56,4% do total dos homens (146 mil) estudavam e trabalhavam enquanto entre as mulheres (176 mil) esse número era de 51,2%.
“Os dados nacionais mostram que as mulheres tendem a se manter estudando após certa idade com mais frequência que os homens, daí os números absolutos maiores”, comenta Felipe Senna, técnico do IBGE em MS.
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