Em Mato Grosso do Sul, 151.495 pessoas moram em UCs (Unidades de Conservação) que estão localizadas em zonas urbanas e outras 67.837 pessoas moram em UCs localizadas na zona rural.
Isso significa que, do total de residentes em Unidades de Conservação localizadas em MS, 69,1% estão na zona urbana e 30,9% estão na zona rural.
De forma geral, 7,96% da população de MS mora em UCs, áreas delimitadas e oficialmente reconhecidas com fins de proteção ambiental, mas que também podem ter ocupação humana.
Para identificar quais UCs têm moradores e levantar quais são as características demográficas e de infraestrutura desses espaços, o Censo 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) levantou dados importantes, divulgados nesta sexta-feira (11).
Conforme o censo, 219.332 pessoas moram em Unidades de Conservação em MS, colocando o Estado na 15ª posição nacional em número absoluto de residentes em UCs.
Unidades de Conservação mais habitadas
Em Mato Grosso do Sul, são três as UCs mais populosas. A primeira é a APA (Área de Proteção Ambiental) Municipal dos Mananciais do Córrego Lajeado, em Campo Grande, com 35.412 residentes.
A segunda é a APA Ilhas e Várzeas do Rio Paraná, com 32.604 habitantes, compreendendo os municípios de Taquarussu, Batayporã, Eldorado, Iguatemi, Itaquiraí, Ivinhema, Jateí, Mundo Novo, Naviraí, Nova Andradina e Novo Horizonte do Sul.
Por fim, a APA da Sub-Bacia do Rio Aporé, com 19.998 pessoas residentes, compreendendo o município de Cassilândia.
Raça e idade da população residente nas UCs
Ainda de acordo com o levantamento, a população que se declara parda é a que possui maior participação entre a população que ocupa as UCs, com 43%, seguida de pessoas que se declaram brancas (41,9%). Já a população indígena nas UCs é de 9,36%, e das 2.572 que se declaram quilombolas, 74 pessoas moram em UCs. Com isso, tem-se que 2,88% da população quilombola mora em UCs.
Quando considerados os grupos de idade, a maior parte da população residente em UCs se concentra nas faixas iniciais, denotando uma população mais jovem. Sendo assim, 23,51% dos moradores têm entre 0 e 14 anos, já a população acima de 60 anos corresponde a 14,15% do total.
A média de moradores em UCs ficou em 2,84 moradores por domicílio. Quando considerados os grupos de UCs, tem-se que a maior média foi registrada naquelas de Proteção Integral (2,96), seguida de Uso Sustentável (2,84) e de Proteção Integral e Uso Sustentável (2,25).
Problemas de saneamento nas UCs
Segundo o censo, serviços essenciais de saneamento são mais deficitários entre moradores de Unidades de Conservação em relação à população geral.
Nas UCs, a coleta de lixo é feita majoritariamente (73,20%) no domicílio por serviço de limpeza ou depositado em caçamba de serviço de limpeza. Outros 26,80% dos moradores fazem queima do lixo na propriedade.
Esses números divergem da população em geral, que tem 89,69% da coleta feita no domicílio por serviço de limpeza; e 8,44% dos moradores fazem queima do lixo na propriedade.
Abastecimento de água
Em relação ao abastecimento de água, 7,2% (19.161 pessoas) dos domicílios em UCs não tinham abastecimento de água adequado em 2022, sem rede geral de distribuição, poço, fonte, nascente ou mina e existência de canalização até dentro da casa.
Além disso, a maioria dos moradores em Unidades de Conservação vivem sem esgotamento sanitário adequado, sendo a destinação do esgoto feita para fossa rudimentar, buraco, vala, rio, córrego, mar, ou sem esgotamento, com 52,1% (39.926) dos domicílios e 53,4% (116.130) da população nessa situação.
Em unidades de proteção integral, esse percentual é mais alto, correspondendo a 75,0% (21) dos domicílios, onde residem 64 pessoas.
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