Gestores de saúde pública dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul estão em Campo Grande nesta semana para discutir a digitalização da saúde por meio do SUS (Sistema Único de Saúde) no estado.
O objetivo é estruturar ações e ferramentas que vão permitir o acesso da população a serviços por meio da telemedicina e do telediagnóstico. O evento é coordenado pela SES (Secretaria Estadual de Saúde).
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Essa realidade já está em funcionamento em algumas cidades de MS, mas ganhou destaque em todo o mundo, assim como investimentos, na época da pandemia de covid-19.
A necessidade de diagnosticar quadros de saúde e realizar atendimentos com segurança popularizou ainda mais a telemedicina que, a distância, permitia que pacientes passassem por consultas e tivessem seus exames analisados por profissionais localizados em outros locais e até mesmo em outros países.
Plano de Ação Digital de MS
Assim, o evento que reúne os gestores de saúde nesta segunda (17) e terça-feira (18), pretende discutir a educação digital para profissionais de saúde, a operação de dados e integração de sistemas e facilitar o acesso a serviços de saúde nas diferentes regiões de MS, com foco principalmente nas cidades com menor infraestrutura.
Segundo o secretário estadual de saúde, Maurício Simões Corrêa, o Plano de Ação Digital do SUS de Mato Grosso do Sul deve ficar pronto até março e ser apresentado ao Ministério da Saúde, quando também o núcleo de MS de saúde digital será lançado.
“Nós já tínhamos inúmeras experiências, oriundas de parcerias estratégicas do Estado com instituições que já têm bom desempenho, bastante avanço em saúde digital, como, por exemplo, a Universidade Federal de Santa Catarina e o Hospital Albert Einstein”, conta o secretário.
De acordo com o secretário, agora MS vai estruturar e lançar uma plataforma própria para atender as necessidades locais.
Para isso, todas as soluções de saúde que possam ser digitalizadas, serão: “as consultas digitais, exames diagnósticos por ferramentas digitais.”
A reunião ajudará a construir a interoperabilidade dessas informações para que elas possam estar à disposição das equipes de saúde para que essas possam projetar e planejar as soluções de saúde próprias para MS.
Vantagens da digitalização
“Nós temos 79 municípios em um estado enorme territorialmente, sendo boa parte deles, cerca de 50%, com menos de 20 mil habitantes, o que dificulta a fixação de médicos especialistas”, explica o secretário.
Com um estado grande e uma população pequena, acabam existindo “grandes vazios assistenciais, e a ferramenta digital ela terá essa oportunidade de favorecer com que exames especializados e profissionais especializados possam chegar a todos os municípios, ao alcance de todos os cidadãos do Mato Grosso do Sul por meio digital”, complementa o secretário.
Diminuição de filas e espera
O secretário ainda destaca que os atendimentos digitais passarão por seleção. “Com o atendimento digital, haverá um processo seletivo de quais pacientes realmente precisariam migrar para um centro maior ou para a capital em busca de atendimento especializado. Acho que o grande recado é: a saúde digital aproximará, encurtará distâncias em termos de saúde especializada”, finaliza.
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