Mato Grosso do Sul é o estado com o maior percentual de pessoas residentes em vias com existência de rampas para cadeirantes (41,1%). O índice foi obtido no Censo 2022: Características Urbanísticas do Entorno dos Domicílios, divulgado hoje (17) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A pesquisa investigou o entorno da moradia de 2.397.255 residentes de Mato Grosso do Sul.
Apesar do índice ser baixo, nesse quesito de acessibilidade Mato Grosso do Sul ficou à frente do Paraná (37,3%) e também do Distrito Federal (30,4%).
O Censo 2022 observou 10 quesitos relacionados às características urbanísticas:
- Capacidade de circulação e pavimentação da via,
- Existência de bueiro ou boca de lobo,
- Iluminação pública,
- Ponto de ônibus ou van,
- Sinalização para bicicletas,
- Calçada ou passeio,
- Obstáculo na calçada e
- Rampa para cadeirante e arborização.
No Brasil, das 174,2 milhões de pessoas residentes em áreas urbanas, 119,9 milhões (68,8%) moram em vias sem rampa para cadeirantes. Em 2010, eram 146,3 milhões (95,2%) residindo em locais sem esse equipamento de acessibilidade.
Arborização urbana
Mato Grosso do Sul continua ocupando o primeiro lugar no país em arborização urbana, com 92,44% dos moradores do estado — o equivalente a 2.216.098 pessoas — vivendo em vias com arborização.
O estado já ocupava a liderança em arborização urbana em 2010. No entanto, na época, o índice era superior: 95,56% da população vivia em vias arborizadas.
Cidades destaque na arborização
Entre os municípios sul-mato-grossenses, os maiores percentuais de moradores em vias com arborização são encontrados em Bataguassu (99,15%), Iguatemi (98,23%), Mundo Novo (97,85%), Nova Andradina (97,60%) e Aquidauana (97,60%).
No ranking das capitais, Campo Grande também lidera, com 91,39% de seus moradores vivendo em vias arborizadas. Em seguida aparece Goiânia (89,64%).
Vias pavimentadas
Em MS eram 78,77% os moradores que viviam em vias pavimentadas em 2022, totalizando 1.888.310 pessoas, enquanto 507.247 viviam em vias não pavimentadas (21,16%).
Mato Grosso do Sul, nesse quesito, ficou na 22ª posição no ranking entre os estados.
Entre os municípios sul-mato-grossenses, os que apresentaram mais vias pavimentadas foram Chapadão do Sul (99,96%) e Laguna Carapã (99,73%), e entre os que apresentaram as menores porcentagens foram Nioaque (42,08%) e Bela Vista (29,89%).
Iluminação pública
Em MS, a Iluminação pública está presente em 98,88% dos domicílios, segundo o Censo 2022.
Também foi identificada a presença de iluminação pública em 854.615 dos domicílios particulares de MS, 98,88% do total.
Campo Grande fica em 37° lugar, com 99,09% dos domicílios em ruas com acesso à iluminação pública. Em 1º lugar fica Bataguassu (99,97%), seguido por Brasilândia (99,93%).
Em contrapartida Japorã, o último colocado, se destaca por ser o único município com um valor abaixo de 90%, com 88,43%.
Entre as unidades da federação, Mato Grosso do Sul fica em 2º lugar, atrás apenas do estado de Goiás, com 98,99%. Entre as capitais, Campo Grande ocupa a 3ª posição com seus 99,09%, atrás de Vitória, com 99,56%, e Goiânia, com 99,61%.
Rampas para cadeirantes
De acordo com os dados levantados pelo Censo, MS ficou em primeiro lugar no quesito Rampa para cadeirante, com 41,1% das áreas no entorno dos domicílios. Nesse quesito, o Amazonas ficou em último colocado, com 5,6%.
Via sinalizada para bicicleta
Em contrapartida, em relação ao quesito Via sinalizada para bicicleta, o estado sul-mato-grossense ficou em 21º lugar entre os 27 estados da federação, com 1,1%, considerando também a média nacional.
Nesse quesito, o 1º colocado foi Santa Catarina (5,2%), seguido do Distrito Federal (4,1%) e Ceará (3,2%). Maranhão e Amazonas, com 0,5% cada, ficaram no 27º lugar.
Presença de bueiros
Conforme o Censo 2022, os bueiros atendem 48,34% dos moradores sul-mato-grossenses. O estado com o maior percentual de moradores em vias com bueiro ou boca de lobo foi Santa Catarina (85,2%), seguido pelo Paraná (83,4%).
Os municípios de MS com maior percentual de existência de bueiros ou bocas de lobo são Jateí (93,35%) e Naviraí (85,10%). Já as menores porcentagens foram encontradas em Selvíria (5,88%) e Paranaíba (13,52%).
A pesquisa do entorno identificou a existência de pontos de ônibus em vias que, ao todo, continham 55.197
domicílios em Mato Grosso do Sul, totalizando 6,39%, do total de 864.307.
Pontos de ônibus

A pesquisa também analisou a existência de pontos de ônibus em vias. Ao todo, o levantamento identificou pontos de ônibus em vias onde estão localizados 55.197 domicílios de MS, o que representa apenas 6,39% do total de 864.307 domicílios no estado.
A distribuição no estado, porém, é bastante desigual. Campo Grande, responsável por 36,7% da população do estado, continha 43.655 domicílios em vias com ponto de ônibus ou van.
Desta forma, a capital registrou 79% destes domicílios do estado que estavam em vias com esta característica.
Calçadas
Já na categoria Calçada / Passeio, a porcentagem foi positiva para MS, deixando o estado na 11º colocação, com 84,1% da população vivendo em ruas com calçada (ou passeio).
O 1º colocado foi o Distrito Federal (92,9%), seguido pelo estado de Goiás (92,6%) e São Paulo (91,6%). O último lugar ficou com o Pará (64,8%).
Dentre os municípios, destacam-se Chapadão do Sul (99,90%), seguido por Antônio João (99,85%). Já os menores percentuais ficaram com Guia Lopes da Laguna e Bela Vista, com 27,80% e 28,73% respectivamente. Já Campo Grande, capital do estado, aparece na 37ª posição, com 85,44%.
Obstáculos na calçada
Apesar de o resultado acima, acerca da existência de calçadas ou passeios ser elevado, os dados da pesquisa revelaram que esta infraestrutura também possui problemas.

De acordo com as definições da pesquisa, obstáculos em calçadas são elementos que dificultam ou impedem a passagem de pessoas, como buracos, desníveis, vegetação, mobiliário urbano e entradas irregulares de estacionamento.
A presença desses problemas pode representar risco à integridade e à circulação de pedestres, especialmente para idosos, pessoas com deficiência, gestantes e crianças.
Portanto, no quesito Obstáculo na calçada – Não existe, o Censo identificou que apenas 23,4% das vias no entorno dos domicílios estão livres, colocando Mato Grosso do Sul em 6º lugar no ranking nacional.
Entre os municípios de MS se destaca Costa Rica em primeiro lugar, com 59,64% das vias sem obstáculos nas calçadas. A cidade é seguida de Antônio João, com 50,96%.
Já os municípios Bandeirantes e Dois Irmãos do Buriti têm os menores percentuais, com 0,62% e 0,61% respectivamente. Campo Grande aparece na 10ª posição, com 30,84%.
A nível nacional, o 1º colocado foi o Rio Grande do Sul (28,7%), seguido pelo Mato Grosso (27,4%) e Paraná (26,8%). O último lugar ficou com o Piauí (4,9%), demonstrando que pouquíssimas calçadas não possuem obstáculos.
Brasil
Segundo o Censo 2022, 146,4 milhões dos moradores brasileiros (84,0%) viviam em vias com calçada. Em 2010 eram 102,7 milhões (66,4%) de moradores.
Em relação aos pontos de ônibus ou van, essas estruturas foram identificadas em vias onde moravam 15,3 milhões de pessoas (8,8%) no Censo 2022; e pista sinalizada para bicicletas foram identificadas onde residem 3,3 milhões de pessoas (1,9%).
No último Censo, pela primeira vez, a estrutura viária para veículos foi retratada através do quesito de capacidade máxima de circulação da via: para 158,1 milhões de pessoas (90,8%), essa capacidade era de caminhões ou ônibus; 10,5 milhões (6,1%), carro ou van; 5,0 milhões (2,9%), motocicletas, bicicletas e pedestres.
Já o percentual de moradores em vias com iluminação pública no total do país atingiu 97,5% (169,7 milhões de moradores). Em 2010, esse percentual havia sido de 95,2% (146,2 milhões).
Cerca de 154,1 milhões de moradores (88,5%) vivem em vias pavimentadas.
A infraestrutura de drenagem representada pela presença do bueiro ou boca de lobo nas vias está presente para 53,7% dos moradores (93,6 milhões de habitantes). Em 2010, esse percentual era de 39,3% (60,3 milhões).
Em relação à arborização, 58,7 milhões de pessoas (33,7%) moram em vias sem arborização, enquanto 114,9 milhões (66,0%) vivem em vias com presença de árvores, sendo que 55,8 milhões (32,1%) estão em vias com 5 árvores ou mais.
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