Motoentregadores de Campo Grande vão aderir à paralisação nacional contra aplicativo de delivery ifood, reivindicando melhores para a categoria. O ato será nos dias 31 de março e 1º de abril nacionalmente.
Entre as reivindicações está o reajusta da taxa mínima, que a categoria pede que saia de R$ 6,50 para R$ 10 por entrega. Também querem o aumento do valor por km de R$ 1,50 para R$ 2,50.
“Os trabalhadores de aplicativo rodam sem direitos, ganhando cada vez menos enquanto as empresas lucram bilhões. É hora de lutar por reajustes justos e melhores condições de trabalho”, diz material que está sendo divulgado.
Conforme o organizador do ato, Douglas Ximenes, de 28 anos, a paralisação já tem adesão de pelos menos 400 motoentregadores em Campo Grande. No dia 1º de abril, a categoria fará uma motociata e adesivagem na Capital.
Entregador há 1 ano, Fernando Silva, de 35 anos, é um dos que vai aderir à paralisação. “Estamos fazendo a paralisação por melhorias para nós mesmos. Seria bom se 100% [da categoria] parasse”, diz ao Jornal Midiamax.
O Jornal Midiamax acionou o ifood e questionou sobre a mobilização, mas até esta publicação, não houve retorno. O espaço segue aberto para manifestação.

Reivindicações
- Taxa mínima de R$ 6,50 para R$ 10;
- Redução do tempo de espera do cliente de 15 para 10 minutos;
- Preço por adicional de rota na taxa mínima total;
- Fim da coleta dupla
- Redução do tempo espera no restaurante de 15 para 10 minutos e o aumento da taxa de espera de R$ 0,10 para R$ 0,20;
- Rota máxima de 3 km para entregadores de bicicleta;
- Aumento do valor por km de R$ 1,50 para R$ 2,50;
- De 1 a 2 pontos de apoio em Campo Grande;
- Suporte presencial em Campo Grande;
- Promoções de fim de semana e feriados no início e no meio do mês e, ainda, quando houver condições climáticas extremas;
- Entrega de kits em Campo Grande, como bags, maquininhas, camisas e bonés;
- Repasse integral das taxas por cada pedido em casos de rota dupla.
Mobilização em janeiro
No começo deste ano, os motoentregadores já se mobilizaram para reivindicar melhorias. A categoria reclamou dos valores pagos pelas corridas. “Cidades maiores pagam infinitamente melhor, aqui tem uma prostituição muito grande da classe. Já vi entregador perder fixo, porque alguém aceitou fazer por menos” contou um profissional.
Naquela época, os motoentregadores já apontavam que tanto patrões de lanchonetes e restaurantes, quanto aplicativos não estavam ajustando o valor pelo km rodado. Isso faz com que a quantia recebida por corrida ou ao final do mês, caso dos contratados fixos, seja baixa.
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