O ex-procurador do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), Carlos Alberto Zeola, 60, morreu na manhã deste domingo (23), vítima de infarto fulminante, em Campo Grande.
Ele tinha 60 anos de idade e, aos 44, 16 anos atrás, confessou ter matado a tiro um sobrinho seu, Cláudio Zeola, então com 24 anos.
A morte de Carlos foi confirmada por um conhecido da família. Até a tarde, os parentes não tinham divulgado as circunstâncias da morte nem sequer o horário do velório ou sepultamento.
À polícia, Zeola, o tio, confidenciou o assassinato do rapaz e disse ter praticado o crime por ficar enfurecido ao saber que o sobrinho, um dia antes, teria surrado o avô, pai do ex-procurador. Cláudio morreu com um tiro disparado contra a parte detrás da cabeça. Morreu no local.
O crime ocorreu durante o dia num trecho da Rua Bahia, agitada via situada na Vila Rosa. A vítima empurrava uma bicicleta pela calçada, logo depois de sair de uma academia de ginástica.
O ex-procurador, de carro, deu voltas pela cidade depois, livrou-se da arma, mas logo foi capturado. Não resistiu à prisão e assumiu o crime.
Foi levado para a delegacia da Polícia Civil, à época situada na Avenida Afonso Pena, mas por lá ficou apenas por três dias detido. Informações da polícia indicam que o ex-proocurador do MPMS tentou se matar por duas vezes. Ele tentou agarrar a arma de um policial, mas não conseguiu. Em seguida, levado para a cela, quebrou vidros, juntou cacos e se cortou. Depois, disse que queria se matar.
No mesmo dia, Zeola foi levado para um hospital que cuidava de pacientes psiquiátricos. O ex-procurador tinha histórico de tratamentos da doença. No período, foi aposentado. Ele ficou internado por dois anos e, ainda em 2011, foi sentenciado a oito anos pela crime em regime semiaberto.
Em 2016, cinco anos depois de condenado, o ex-procurador foi detido, mas por outros crime. Ele foi acusado por prática de abusos sexuais contra adolescentes.
INFARTO
Infarto é uma doença cardíaca que ocorre quando há uma obstrução nas artérias coronárias. Acontecido este ataque interrompe-se o fluxo de sangue para o coração.
Os fatores de risco levam em consideração um estilo de vida mais sedentário e menos saudável em relação à alimentação e sono, ensinam especialistas médicos na questão.