Na noite desta segunda-feira (5), moradores do bairro Jardim Los Angeles se reuniram em protesto para cobrar melhorias na região, especialmente no cruzamento em que a motociclista Aline Candida, de 25 anos, morreu nesta manhã. A vítima foi atropelada por um ônibus após derrapar em uma rua repleta de areia proveniente de vias sem asfalto.
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Cerca de 200 moradores compareceram na manifestação munidos de placas e cartazes que apontam as necessidades antigas do bairro, especialmente no âmbito de infraestrutura. Mais cedo, o Jornal Midiamax repercutiu as diversas postagens feitas por moradores nas redes sociais, que revelam outras ruas do bairro tomadas pela areia, transformando a locomoção em um desafio perigoso para motociclistas, ciclistas e pedestres.
Devido ao protesto, o trânsito no local ficou lento, especialmente no local do acidente, no cruzamento da Rua Engenheiro Paulo Frontin com a Avenida dos Cafezais. Quatro viaturas da PM (Polícia Militar) foram designadas ao local, mas o protesto seguiu pacífico até às 19h, quando foi encerrado.
Moradores temem novos acidentes
Lais Avalo, de 37 anos, é babá e moradora do bairro Jardim Los Angeles há 8 anos. Para ela, as condições atuais das vias colocam, não só a vida de adultos em risco, como também a de crianças.
“Estou cobrando melhorias em nosso bairro, principalmente. Eu cuido de crianças, pego elas na escola, e andar nessas ruas é terrível. Eu caí de bicicleta várias vezes, graças a Deus eu não estava com nenhuma criança”, pontua.
A aposentada Sônia Freitas Cunha, de 70 anos, concorda com os perigos. Ela, que é moradora do bairro há 50 anos, afirma que acidentes no cruzamento são recorrentes, tanto, que ganhou ‘apelido’.
“Eu falo que ela é a esquina da morte, porque se você reparar, ali é uma rua estreita que já merecia, há muitos anos, um sinaleiro. Somos pessoas esquecidas pelo poder público nesse bairro”, frisa.
Robson Lopes, de 46 anos, é técnico de telecomunicação e reside no cruzamento há 15 anos. Ele, que já presenciou diversos acidentes no trecho, afirma que as reivindicações são antigas. A falta de amparo, somada a tragédia, fizeram com que a população se unisse.
“A arma do povo é a voz, é a união, é as crianças ali, é a família. Fazemos de forma ordeira, pacífica, não é pra tumultuar de jeito nenhum, tanto que a manifestação não foi pra atrasar o lado de ninguém, é uma forma de chamar atenção, é a única ferramenta que temos”.
Após a manifestação, os moradores esperam que haja mobilização do Poder Público para revitalizar as ruas e assim, garantir mais segurança para quem trafega na região. Caso não haja medidas efetivas em 30 dias, o grupo voltará a protestar no cruzamento.
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