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Cotidiano

Médico ‘não vê’ cálculo e libera paciente que esperou 12 dias por vaga no Hospital Regional

Segundo familiares, paciente aguardava cirurgia mas foi liberada por cirurgião após médico dizer que tomografia com contraste não apresentou cálculos
Aline Machado -
Hospital Regional em Campo Grande (Foto: Divulgação, HRMS)

Após 12 dias de espera por uma vaga para procedimento cirúrgico no HRMS ( Regional de ) em , uma paciente de 33 anos, foi liberada pelo médico, que descartou a necessidade de cirurgia. Um dia após a liberação, um exame particular teria comprovado a presença de coledocolitíase, ou seja, cálculos nos dutos biliares – canais que transportam a bile do fígado e da vesícula biliar para o intestino – e que devem ser removidos.

À reportagem, familiares disseram que a paciente foi levada para UPA (Unidade de Pronto Atendimento) após sentir fortes dores e, 12 dias depois, na segunda-feira (12) foi encaminhada para o Hospital Regional com indicação de cirurgia. No entanto, passou por uma tomografia de contraste e foi liberada pelo médico que avaliou o exame.

“O médico disse que ela não tinha nada. Que os exames não apresentaram nenhum cálculo, mas minha cunhada tinha o encaminhamento da UPA que relatava todo o problema, tinha indicação de cirurgia e ainda assim ela foi liberada apenas com uma receita médica”, ressalta Wesley Junior, cunhado da paciente.

Conforme os relatos, nesta terça-feira (13), a mulher passou por um exame particular, que teria constatado a presença de coledocolitíase.

Ultrassonografia confirmou cálculos nos dutos biliares (Foto: Reprodução, arquivo pessoal)

“É uma situação triste. A gente fica chateado porque isso é muito complicado. Ela ficou 12 dias internada na Unidade de Pronto Atendimento esperando vaga e só conseguimos judicialmente. Ela foi para o Hospital Regional para resolver e não para ser liberada com as pedras, sem passar pela cirurgia. Isso é um absurdo, um descaso”, lamenta Wesley Junior, cunhado da paciente.

Segundo os familiares, a situação foi repassada para a Ouvidoria do Hospital, que solicitou prazo de sete dias para responder sobre o caso. “Isso é um absurdo. Ela esperou tanto pela vaga, sentindo dores todos os dias e quando conseguiu foi liberada sem ter o problema resolvido”, lamenta Wesley.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação do Hospital Regional, que por meio de nota, disse que “o hospital não se pronuncia sobre casos específicos”.

Confira a resposta na íntegra:

“O HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) reafirma seu compromisso em oferecer atendimento de excelência à população, contribuindo diretamente para a promoção da saúde e do bem-estar dos pacientes.
Em respeito a todos os envolvidos, ao sigilo legal dos prontuários médicos e à Lei Geral de Proteção de Dados, o hospital não se pronuncia sobre casos específicos”.

Receita médica prescrita para a paciente (Foto: Reprodução, arquivo pessoal)

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