Dados do painel Mais (Monitor de Apoio as Informações em Saúde) confirmam que, de janeiro a março de 2025, Mato Grosso do Sul registrou 8 casos de Mpox (antigamente chamada de varíola dos macacos). Foram 20 notificações e 9 suspeitas descartadas e os demais casos estão em investigação.
O painel revela que todas as vítimas são homens A maioria das vítimas tem idades entre 30 e 39 anos. O grupo representa 62,5% do total. Outros 25% têm entre 40 e 49 anos e 12,5% entre 20 e 29 anos.
Conforme o monitoramento, dos 8 casos confirmados, 7 são em Campo Grande e um em Dourados – a 225 quilômetros da Capital. A maioria dos infectados apresenta sintomas leves ou moderados e, até o momento, não há óbitos provocados pela doença no Brasil.
Em 2024, o Estado registrou 63 notificações da doença, sendo 11 confirmações. A maioria das vítimas (90,9%) era composta por homens e a forma de contágio desconhecida. Em nível nacional, foram 2.052 casos de Mpox no ano passado.
Mpox
A doença surgiu na África Central. Em dezembro de 2022, quando a República Democrática do Congo anunciou surto nacional de Mpox. Em maio de 2023, a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou o fim da emergência de saúde pública global.
Conforme o Ministério da Saúde, a Mpox é uma doença zoonótica viral. A transmissão para humanos ocorre por meio do contato com animais silvestres infectados, pessoas infectadas pelo vírus e materiais contaminados.
Os sintomas, em geral, incluem erupções cutâneas ou lesões de pele, linfonodos inchados (ínguas), febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza.
As manifestações da doença podem começar a aparecer de 3 até 21 dias após o contato com o vírus. O paciente pode apresentar lesões que podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, podendo formar crostas que secam e caem.
O número de lesões pode variar de algumas a milhares. As erupções tendem a se concentrar no rosto, na palma das mãos e na planta dos pés, mas podem ocorrer em qualquer parte do corpo, inclusive na boca, nos olhos, nos órgãos genitais e no ânus.
A pessoa infectada deixa de transmitir o vírus assim que as lesões apresentadas desaparecem.