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Cotidiano

Mato Grosso do Sul deve atingir universalização do esgoto até 2028 

Até o momento, Estado conta com 70% de cobertura
Idaicy Solano -
Nova ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) de Dourados atende 25% do esgoto da cidade (Divulgação, Governo de MS/Bruno Rezende)

Em julho deste ano, a cobertura de esgoto do chegou a 70%. A expectativa é de que o Estado bata a meta da universalização, e seja um dos primeiros do país a universalizar a coleta e tratamento de esgoto, até o ano de 2028. 

Para chegar à universalização é preciso alcançar o patamar de 90%, considerando as ligações de esgoto gerais, e não o percentual de cada cidade. A expectativa do Governo do Estado é fechar o ano de 2026 com 85,6% de cobertura e, em 2031, chegar a 98%.

De acordo com a administração estadual, estão sendo feitos investimentos em obras, tecnologia de ponta e sistemas modernos, oriundos de uma PPP (Parceria Público-privada), que começou a valer em 2021.

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Conforme o governador Eduardo Riedel, a expectativa é de que o Estado bata a meta antes do prazo previsto no Marco Regulatório. “Isto significa saúde, qualidade de vida e respeito ao ”, destaca. 

O Marco Regulatório Nacional estipula que todos os estados devem universalizar a água (99%) e esgoto (90%) até 2033. Dessa forma, é esperado que Mato Grosso do Sul atinja a meta cinco anos antes. Somente nos últimos quatro anos, foram implantados 553 quilômetros de rede coletora de esgoto em 52 municípios e um distrito, alcançando mais de 1 milhão de pessoas, com mais de R$ 450 milhões investidos. As obras serão feitas nas 68 cidades do Estado que têm a cobertura da Sanesul. 

Em Mato Grosso do Sul, 17 municípios já possuem cobertura atendendo o Marco Legal de Saneamento (acima de 90%), sendo eles: Bodoquena, Dois Irmãos do Buriti, Bonito, Caracol, Porto Murtinho, Antonio João, Laguna Carapã, Paranhos, Chapadão do Sul, Paranaíba, Alcinópolis, Santa Rita do Pardo, Três Lagoas, Batayporã, Jateí, e Tacuru. 

Dourados 

A ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) Laranja Doce, inaugurada em janeiro deste ano em Dourados, atende 25% da demanda do município e tem capacidade para tratar 80 litros de esgoto por segundo, além de garantir um patamar de 97,5% de eficiência no tratamento. 

A estrutura conta com tecnologia de ponta e sistema monitorado por computadores, com manobras feitas de forma remota, dispondo de operadores apenas para limpeza e aplicações de químicos.

O supervisor regional da Ambiental MS Pantanal, empresa parceira na PPP do esgoto, Douglas Cunha, explica que toda estrutura é de aço inoxidável e aço vitrificado, diferente das antigas estações, que eram feitas com concreto e demandavam muita manutenção. “O material dela é mais duradouro. Ela é eficiente, moderna e tecnológica, a unidade roda 24 horas por dia, toda monitorada. Quem ganha é a população e o meio ambiente”.

A douradense Sarita Ribeira da Silva, moradora do bairro Água Boa, relata que a rede de esgoto chegou na frente da sua casa faz um ano e meio. “Saneamento básico é muito importante principalmente para saúde, é o começo de tudo. Além disso, a rede de esgoto traz uma valorização grande no meu imóvel. Todo mundo aqui no bairro ficou feliz, porque não querem mais fossas sépticas”. 

Sarita Ribeira comemora chegada do esgoto em Dourados (Divulgação, Governo de MS/Bruno Rezende)

Ponta Porã

Em Ponta Porã, a rede de esgoto já está universalizada, com 98% de cobertura. A estrutura dispõe desde a implantação de redes coletoras e elevatórias até ligações domiciliares — muitas já finalizadas. 

Morador do bairro Vila dos , Sebastião Neris Prada contou que a chegada do esgoto era um pedido antigo. “Nosso bairro é novo, tem 13 anos. Faz tempo que a gente cobrava a implantação da rede. Agora fomos contemplados, isto facilita a vida de todos. Com a fossa a cada 40 dias tinha de esvaziar ela. Agora não precisa, está ajudando bastante a comunidade. Na época da obra tem aqueles transtornos, mas depois ficam os benefícios”.

Além dos benefícios para a saúde da comunidade, Sebastião também celebrou a valorização de seu imóvel. “Os novos residenciais já exigem iluminação, asfalto e esgoto. Se alguém quiser vender ou comercializar a casa, faz diferença. Sempre pedem informações sobre esta questão”.

Ponta Porã ainda segue com uma série de obras em Andamento, incluindo uma na Rua dos Flores, no bairro Jardim Independência, onde a rede de esgoto está sendo implantada. Desde que começaram os trabalhos, Luiz Falcão ‘fiscaliza’ a obra, que está sendo feita na frente da sua residência.

“Uma obra importante, eu sei que o esgoto melhora nossa condição de vida. Sabemos que interfere na nossa saúde, além de valorizar o imóvel. Moro aqui nesta casa há 40 anos. Aqui é um bairro antigo, tranquilo e bom para se morar. Só faltava chegar o esgoto. Quando se tem obra sempre tem quem reclama, mas quando termina tem a melhora, até porque já sofremos muito com fossa”, conta Luiz.

O gerente regional da Sanesul, Célio Poveda, revela que a expectativa é finalizar todas estas implantações até o final do ano. 

Caarapó 

Na cidade de Caarapó, está sendo construída a nova Estação de Tratamento de Esgoto, que deverá seguir o mesmo padrão tecnológico da construída em Dourados. Com 75% dos trabalhos concluídos, a nova unidade vai tratar 60 litros por segundo, com capacidade de suprir uma cidade de 50 mil habitantes.

A engenheira ambiental responsável pela obra, Thais Lopes, destaca que estão à espera dos tanques importados, para fazer a ligação de entrada (esgoto) e emissário final. “Já a parte de hidromecânica, de ligação, tratamento preliminar, floculador e decanters todas estão prontas. A expectativa é terminar em breve”.

Funcionário da obra, Neri Bento mora há seis meses em Caarapó, e foi para a cidade por causa do emprego. “Muito importante a cidade ter uma estação de tratamento como esta, faz bem às pessoas e ao meio ambiente. Os moradores acham muito importante o tratamento e querem melhorias, sempre perguntam sobre a obra e o tratamento de esgoto. Feliz participar de um projeto que vai trazer benefícios a todos”.

Já Wilson Beraldo é nascido e criado em Caarapó e trabalha há 22 anos na Sanesul, começou como encanador, depois virou leiturista, atendente e supervisor. Presenciou todas as fases e agora tem o esgoto na sua residência. “Quando comecei em 1983 não tinha nem hidrômetro na cidade, esgoto nem se ouvia falar. Depois da década de 2000 começou a tratar do assunto. Agora eu tenho privilégio de ter passado o esgoto na minha casa, tenho certeza que a rede traz aos contribuintes muitos benefícios”. 

O supervisor da Sanesul em Caarapó, Joelson Rocha, explica que a cidade tem um lençol freático bem superficial, então a fossa é bem inviável e traz transtornos à população, por isso a chegada do tratamento do esgoto é tão bem recebida pelas pessoas. “A nova ETE é um grande avanço. O tratamento será sem cor, sem cheiro, uma evolução grande, agregando valor ao município e meio ambiente. Tudo isto que está acontecendo é uma conquista, uma satisfação pessoal. Comecei na Sanesul há 16 anos como pedreiro e agora acompanho de perto esta nova realidade”. 

Próximos passos

O cronograma de obras tem como meta implantar mais de mil quilômetros de novas redes coletoras até abril de 2026. Entre as ações está a construção de 258 novas Estações Elevatórias de Esgoto, que são responsáveis por transportar mais de mil litros de esgoto por segundo. Elas darão suporte para a expansão desta cobertura, garantindo que o volume seja conduzido de forma adequada até as estações de tratamento.

Nesta nova etapa, cidades como , Taquarussu e Bataguassu, além de outros 20 municípios, vão ganhar novas obras para que o serviço possa chegar a todos os bairros. A concessão do serviço através da PPP com a Ambiental MS Pantanal tem duração de 30 anos. A expectativa da empresa é investir em sistema de esgotamento sanitário do Mato Grosso do Sul até o final do contrato de mais de R$ 1,5 bilhão.

O diretor-presidente da Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul), Renato Marcílio, destaca o compromisso com a entrega de um serviço que represente mais qualidade de vida aos sul-mato-grossenses, além do compromisso efetivo com a preservação ambiental.

“Estamos vivendo um novo tempo no saneamento em Mato Grosso do Sul. Cada rede implantada, cada estação construída representa um avanço concreto na vida das pessoas. Trabalhamos com responsabilidade e visão de futuro, porque acreditamos que o acesso ao esgotamento sanitário é essencial para o desenvolvimento social e ambiental do nosso Estado”, finaliza.

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