Manifestantes reúnem-se, na manhã deste sábado (19), em frente ao Horto Florestal de Campo Grande, para solicitar à Prefeitura a revitalização do espaço. O local está interditado desde março deste ano para averiguação arbórea, após a queda de uma árvore de grande porte.
Placas com os dizeres: “Nossa cidade precisa do Horto”, “Revitaliza Já!” e “O Horto é Nosso” foram penduradas nas grades do espaço. Intitulado “Passarinhada” — pelo intuito de observação das aves locais — o protesto conta com cerca de 50 pessoas.
Presidente do IHGMS (Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul), Valter Cortez ressalta que o Horto Florestal é relevante para o lazer do morador campo-grandense, assim como para o turismo na capital. Outro fator que deve ser considerado é a importância do parque para o microclima da região e paisagem urbana.
“Esse espaço tem uma relevância muito grande para a cidade, quer que seja como equipamento para o lazer da sociedade, lazer de crianças, de adolescentes e do cidadão, de uma maneira geral. É um espaço de atração turística, então do ponto de vista econômico tem relevância. E d o ponto de vista ambiental tem uma relevância muito grande, porque é um espaço que você melhora o microclima da região”, explica.

À frente da manifestação, junto com o Instituto Mamede, a vereadora Luiza Ribeiro destaca a importância de pedir pela renovação e reabertura do Horto, o qual é um espaço tão rico.
“É um espaço histórico, importante, cultural, ambiental, também de lazer e de esporte. É super bem localizado, uma área enorme com vários serviços, inclusive de biblioteca, sendo uma das bibliotecas com o acervo mais importante que nós temos em nossa cidade”, diz.

Patrimônio é espaço de memórias
O pesquisador e professor de Arquitetura, João Santos, 38 anos, apoia a manifestação pela revitalização do patrimônio da capital. Segundo ele, o Horto está ligado a memórias dos campo-grandenses.
“Acredito que o campo Grandense criou já esse laço com o Orto Florestal e suas memórias, sejam as memórias de infância, nos passeios com as escolas. Memórias também de pessoas do interior que vinham para Campo Grande, visitar a capital e tiravam foto na passarela. Nas memórias dos adolescentes que frequentaram, por exemplo, o Domingo no Rock no Horto, na Arena”, afirma.

Artesão, de 32 anos, que compareceu ao protesto, conta que costumava frequentar o Horto em projeto de artesanato. “Era um espaço pequeno, mas era colhedor. Ali não cabia mais de 10 alunos. Eles se reuniam nas terças para fazer pintura em madeira e cerâmica e a gestora era muito atenciosa”, relata.
Durante a manifestação, um abaixo-assinado ecolhe assinatura dos participantes. O documento pode ser assinado de forma online, clicando no link.
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