Pela primeira vez na história, o Exército Brasileiro abriu vagas para soldados mulheres se alistarem e, em Campo Grande, onde 99 vagas serão preenchidas, mais de 421 jovens se candidataram às oportunidades. Agora, elas passam pelos exames necessários para comprovar se estão aptas a cumprir o serviço militar em 2026.
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Segundo o Tenente Coronel Roberto Júnior, do CMO (Comando Militar do Oeste), as selecionadas preencherão as seguintes vagas: 27 no Colégio Militar, 12 no Hospital Militar e 60 na base de administração e apoio do CMO.
De janeiro a junho deste ano as interessadas puderam se inscrever no alistamento e, nesta terça-feira (8), passam pelas próximas etapas de seleção.
Etapas
“Depois desse alistamento, elas vão passar pela inspeção de saúde, onde passam por exames odontológicos e clínicos com o médico. Depois, passarão por uma entrevista e aí, depois disso, vamos ver se elas foram de fato classificadas como aptas ou se foram dispensadas”, detalha o Tenente Coronel.
Devido ao sucesso na procura, será necessária uma seleção complementar para poder chegar ao número exato de vagas, já que a procura superou muito a quantidade de vagas.
Isso significa que, mesmo saindo aptas hoje dos exames clínicos, não significa que serão selecionadas, conforme explica o Tenente Coronel.
“Mesmo porque a gente já conseguiu superar o número das 99, com mais de uma candidata por vaga. Então elas vão passar ainda pela seleção complementar. Aí, sim, na seleção complementar, as 99 que forem selecionadas por fim é que vão servir no ano de 2026”, detalha.
Realização de sonho

A estudante Rafaela Braga, de 17 anos, conta que está ansiosa para descobrir se está entre as selecionadas. Neta, sobrinha e filha de militares, ela deseja seguir a carreira que é motivo de orgulho para a família.
“Sinceramente, eu estou bem nervosa, mas essa decisão eu tomei porque tenho bastante familiar militar. Então não foi só um incentivo da minha parte, assim, voluntariamente, porque eu quis. Foi também porque eu tenho um avô que também seguiu carreira, o meu tio e meu pai. Eu gostaria de dar esse orgulho para os meus pais”, compartilha a jovem.
“Eu acho que não vai ser fácil, não. Mas, assim, eu creio que eu consigo. Eu sou capaz de passar por tudo isso”, completa, confiante, Rafaela.
A estudante de Direito Maria Eduarda Baez também tem esse sonho. Ela conta que desde criança deseja ser militar e, quando as inscrições foram abertas, viu nisso a oportunidade de alcançar a realização do sonho.
“Minha expectativa está muito alta, vou falar a verdade. Estou bem ansiosa, bem nervosa, como vocês podem ver. Mas eu tenho fé que eu vou conseguir”, afirma a jovem.
“Para o resto da vida”

Assim como os outros relatos, Mariane Ramona Nunes Moraes também sonha em seguir carreira militar. Ela conta que, ao descobrir a novidade, ficou totalmente empolgada.
“Quando abriu as vagas para poder se inscrever eu surtei completamente, entrei em contato com quem eu podia, entrei no site, fiz a minha inscrição e todo dia eu entrava para poder saber se eu tinha sido aceita”, relata a jovem.
“É uma carreira que eu quero seguir para a vida, porque é incrível. É o sonho da minha mãe que meus irmãos também conseguissem seguir, e aí esse sonho passou para mim. Quero isso para a minha vida”, finaliza Mariane.
Prazos e remuneração
Após incorporação em 2026, as mulheres vão cumprir 12 meses, podendo ser renovável por sete anos. Ao ser incorporada, ela já não é mais uma candidata voluntária, mas um soldado cumprindo as regras obrigatórias.
A remuneração é de um salário mínimo (R$ 1.518) no primeiro ano e depois o valor sobe para em torno de R$ 1,8 mil.
Uma vez incorporadas, as militares estarão sujeitas aos direitos, deveres e penalidades estabelecidos pela Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964, e pelo Decreto nº 57.654, de 20 de janeiro de 1966. As voluntárias não terão estabilidade no serviço militar e, após o desligamento do serviço ativo, integrarão a reserva não remunerada das Forças Armadas.
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