A campanha Maio Laranja, voltada à prevenção do abuso e da exploração sexual infantil, já começou a movimentar escolas, rodovias e pontos estratégicos de Campo Grande. Com foco na conscientização, a ação mobilizou Conselho Tutelar de Campo Grande, organizações sociais e forças de segurança para uma panfletagem na BR-163, na tarde deste domingo (4).
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A conselheira tutelar da região do Bandeira, Michele Pauline Dammann, explicou que as ações tiveram início em abril, seguem durante o mês de maio, e contam com uma mobilização ampliada dos conselheiros tutelares.
As atividades envolvem palestras em escolas, panfletagem em pontos estratégicos — como entradas e saídas da cidade — e conversas com motoristas e caminhoneiros, que podem ajudar a identificar situações suspeitas de exploração sexual. A campanha também tem como foco informar crianças e adultos sobre como identificar e denunciar casos de abuso.
“A gente ensina a criançada que elas têm que dizer não, que eles têm que saber identificar e se proteger. Às vezes até aparecem mais denúncias, mas isso não quer dizer que a campanha não funcionou, é justamente o contrário. Quando as crianças aprendem a identificar e denunciar, a gente tem como chegar até o abusador e fazer o que tem que ser feito contra esse tipo de violência”, detalha a conselheira.
Entidades unem forças
Toda a mobilização conta com uma rede de apoio formada por entidades sociais e religiosas comprometidas em espalhar a conscientização acerca do tema para a população. O Grupo Rota X Moto Clube participa pela primeira vez da campanha em Campo Grande e reforça a importância de mobilizar também quem vive nas rodovias.
“A grande importância, principalmente na ação como essa, é que o motociclista vive na estrada, então a gente tem condição de levar isso, de difundir isso, de levar para regiões onde dificilmente poderia chegar uma campanha dessa”, destaca o coordenador do grupo, João Queiroz.
O Jocum de Campo Grande também é uma das entidades que reforçam as ações do Maio Laranja na capital. A missionária, Inácia Mariana Prado, destaca que este é o segundo ano atuando na campanha.
Ela explica que durante as abordagens em semáforos e vias de grande movimento, os voluntários entregam panfletos com informações sobre a campanha e canais de denúncia, além de fazer a orientação de como ajudar crianças que estejam sendo vítimas deste crime.
“Nesse ano nós refortalecemos essa parceria com o Conselho Tutelar, e por isso a gente entende mesmo a importância de valorizar o indivíduo criança”, enfatiza a missionária.




Ações acontecem durante todo o mês
No dia 18 de maio, é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A data foi escolhida, pois, nesse dia, em 1973, uma menina do Estado de Espírito Santo foi sequestrada e brutalmente abusada e assassinada. Os agressores não chegaram a ser punidos.
Durante todo o mês, diversas entidades unem forças para espalhar informações sobre como identificar e denunciar casos de abuso, em canais que garantem sigilo e fornecem orientação às vítimas e denunciantes.
Como denunciar
As denúncias podem ser feitas de forma gratuita e anônima pelo Disque 100, canal do governo federal voltado aos direitos humanos. O serviço direciona os casos relacionados à infância e adolescência aos conselhos tutelares das respectivas regiões. Também é possível acionar a polícia ou entrar em contato direto com o Conselho Tutelar local.
A ação deste ano conta com a participação da Cruz Vermelha, da organização Jocum (Jovens Com Uma Missão), do projeto Ajudar Faz Bem, da PRF (Polícia Rodoviária Federal), além de outras entidades da sociedade civil.
Para a conselheira tutelar Anna Caroline Kalache, espalhar a informação é uma forma eficaz de fazer a mensagem da conscientização chegar ao maior número de pessoas possíveis.
“No ano passado, a gente distribuiu o folheto, tinha nossos telefones no verso do folheto e quando a pessoa chegou em Corumbá, ela se deparou com uma situação e ela ligou para o nosso Conselho Tutelar, a gente orientou como ela deveria fazer a denúncia. Através desse pedágio educativo a gente consegue alcançar [essas pessoas]”, destaca Anna.
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