Quem precisa de atendimento de saúde na rede pública de Campo Grande sabe que a espera será longa. Há semanas, as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) estão lotadas e os números da saúde comprovam. Nos últimos sete dias, foram 2.164 pacientes atendidos na urgência de Campo Grande.
Na prática, a média é de 300 pacientes atendidos por dia nas UPAs de Campo Grande. As unidades de urgência e emergência são seis: Universitário, Vila Almeida, Leblon, Coronel Antonino e Moreninha III.
Os dados são da Sesau (Secretaria de Saúde), que afirma que as unidades de urgência e emergência vêm operando próximo do limite de atendimento. A superlotação se deve, principalmente, ao aumento expressivo de casos de síndromes respiratórias.
A alta demanda por atendimento de emergência impacta diretamente no tempo de espera nas UPAs, que na maioria das vezes passa de três horas.
Fila para fora nas UPAs
Na quarta-feira (21), pacientes registraram a situação da UPA Coronel Antonino, superlotada e com pacientes esperando até do lado de foram da unidade. A secretária de saúde, Rosana Leite, admite a situação e afirma que tem reforçado equipes.
A prestadora de serviços gerais, Nayara de Paula Ferreira, de 32 anos, procurou a unidade após sentir sintomas fortes de gripe. Ela relata que, ao chegar, encontrou um cenário bastante agitado e uma espera cansativa pela triagem e consulta.
“Tem gente desde as 9h da manhã aqui sem atendimento, foi informado que tem só dois médicos atendendo. Bastante idosos e crianças chorando, um entra e sai da sala da assistência social, de pessoas reclamando por falta de atendimento”, descreve Nayara.
Mais de 1 mil com SRAG
Conforme dados da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Campo Grande soma 1.380 pessoas infectadas por doenças respiratórias em 2025. Destes, mais da metade são de crianças pequenas.
Os bebês menores de um ano são as principais vítimas de doenças respiratórias. Em Campo Grande, 831 crianças infectadas este ano, sendo 437 bebês. Os idosos apresentam números menores de infecção, mas maiores em mortalidade.
Só em 2025, Campo Grande soma 125 mortes por doenças respiratórias. Destas, 11 são de crianças de zero a 9 anos e 78 de idosos acima dos 60 anos. Influenza, Covid-19 e sincicial são os que mais causam as SRAG.
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