Acessar sites e redes sociais pelo celular está na preferência de 98,8% dos brasileiros a partir de 10 anos, com crescimento acelerado nas áreas rurais. É o que traz a pesquisa Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua): Acesso à Internet e à televisão e posse de telefone móvel celular para uso pessoal 2024, divulgado nesta quinta-feira (24).
Por outro lado, o levantamento realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) também evidencia que cerca de 2,1 milhões de lares no Brasil não têm telefone, especialmente nas regiões norte e nordeste. O número, no entanto, representa uma leve queda, de 0,2%, em relação a 2023.
A mesma pesquisa também indica que a utilização de aparelhos de rádio e antenas parabólicas analógicas de TV registraram queda, dando espaço para meios de comunicação e conexão mais modernos.
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Acesso à internet
Em 2024, a Internet era utilizada em 74,9 milhões de lares no país. Todas as regiões tiveram aumento, com destaque para o Nordeste — o maior salto, de 2,2%. Apesar disso, a região segue sendo a com menor acesso (91,3%). O Centro-Oeste lidera o ranking das regiões com mais acesso, com 96%.
Apesar do crescimento constante desde o início da pesquisa, a velocidade de avanço vem diminuindo, o que, segundo estima o IBGE, sugere que o Brasil está se aproximando da universalização do acesso à Internet.
Tanto é que em áreas rurais, o aumento no acesso tem sido mais acelerado que nas cidades, o que ajudou a reduzir a desigualdade entre campo e cidade. Em 2016, a diferença era de mais de 40%. Já no ano passado, esse percentual caiu para 9,9%.
Em relação aos tipos de conexão, a banda larga fixa cresceu mais que a móvel no Brasil, registrando o percentual de 86,9% e 84,3%, respectivamente. Já a conexão discada foi de apenas 0,3%.
Aparelhos utilizados para acessar a internet
O principal dispositivo usado para acessar a internet segue sendo o telefone móvel, utilizado por 98,8% das pessoas com 10 anos ou mais. O uso da televisão para esse fim cresceu e, pela primeira vez, mais da metade dos usuários (53,5%) acessou a internet por meio deste dispositivo. Por outro lado, o uso do microcomputador caiu bastante, de 63,2% em 2016 para 33,4% em 2024. O uso do tablet teve uma leve alta, chegando a 8,3%.
Em relação à finalidade de acesso, foram citados os motivos: enviar e/ou receber e-mails; enviar e /ou receber mensagens, imagens e vídeos por outros meios de comunicação além do e-mail; conversar por chamada de voz e/ou vídeo; ouvir música, rádio e/ou podcasts; ler jornais e/ou revistas; assistir à TV, filmes, série e vídeos; acessar redes sociais; jogar; realizar compras e/ou vendas pela internet; dentre outros.

Acesso ao telefone
Em 2024, cerca de 2,1 milhões de domicílios brasileiros não possuíam nenhum tipo de telefone, seja fixo ou celular. O número representa uma leve queda, de 0,2%, em relação a 2023. A ausência de telefone foi maior nas Regiões Nordeste (4,7%) e Norte (3,2%), enquanto nas demais regiões esse índice não ultrapassou 2%.
Ainda conforme o levantamento, apenas 7,5% dos domicílios tinham telefone fixo convencional. Essa porcentagem segue caindo desde 2016, quando registrou 32,6%. Por outro lado, o uso de telefone celular registrou o maior índice da série histórica, chegando a 97%. Os lares sem telefone são também os mais pobres do país, com a renda per capita 44% menor do que naqueles com algum tipo de telefone.
Serviço de rede móvel
O número de domicílios que utilizam a rede móvel de celular, seja para acesso à internet ou para fazer ligações, seguia em crescimento desde 2016. Esse avanço apresentou um leve recuo de 0,1% entre 2022 e 2023, no entanto, voltou a subir os mesmos 0,1% no ano passado.
Em 2024, o serviço funcionava em 92,0% dos domicílios no Brasil, sendo 95,3% em casas localizadas em áreas urbanas e 65,8% nas áreas rurais.
Rádio
Em 2024, 38,8 milhões de domicílios (48,5%) tinham rádio no Brasil. Pela primeira vez, o número de casas sem rádio ultrapassou o número das que ainda possuem o aparelho. A região Centro-oeste foi a única que não apresentou queda no número de domicílios com o aparelho, enquanto a região Sul foi a única com mais da metade (56,7%) das famílias ainda utilizando o rádio.

Acesso à televisão
Entre os 80,1 milhões de domicílios particulares permanentes no Brasil, 75,2 milhões (93,9%) tinham pelo menos uma televisão em casa em 2024. As regiões Sudeste e Sul lideram com os maiores percentuais de residências com o aparelho, com 95,8% e 95,6%, respectivamente. Já a região Norte apresentou a menor proporção, com 88,1%.
Em relação ao ano de 2023, os dados apontam que houve aumento do número de casas com televisão em todas as regiões do país. No entanto, em termos de proporção (número de casas, em relação ao número de televisores), apenas o Nordeste teve crescimento, com um leve aumento de 0,2 ponto percentual. Nas outras regiões, essa proporção diminuiu, sendo as maiores quedas nas regiões Sudeste e Norte, ambas com redução de 0,7 ponto percentual.
O rendimento médio mensal domiciliar per capita das famílias que possuíam televisão foi de R$ 2 107, valor 59,7% superior ao rendimento (R$ 1 319) dos domicílios que não tinham televisão em 2024. No ano de 2023, essa diferença foi de 71,3%.
Recepção de sinal de televisão aberta
Comparado aos dados do ano anterior, em 2024 diminuiu o percentual de domicílios que recebiam sinal de TV aberta (analógico ou digital) por antena convencional, passando de 88% em 2023 para 86,5% em 2024 (cerca de 65,1 milhões de domicílios).
O uso de antena convencional foi maior em áreas urbanas (87,3%) do que nas áreas rurais (80,5%). A região Sudeste registrou a maior proporção de lares com esse tipo de recepção (87,3%), enquanto o Norte registrou a menor (85,2%). Já o Centro-Oeste, onde fica Mato Grosso do Sul, registrou 89,5 milhões.
Antena parabólica
Desde 2022, o governo tem incentivado a troca das parabólicas analógicas por mini parabólicas digitais. Por conta disso, em 2024, o uso das mini parabólicas superou o das analógicas pela primeira vez. A maioria dos lares com parabólica analógica ainda está nas áreas rurais, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. Conforme os dados, ainda existem cerca de 229 mil domicílios que utilizam sinal analógico. Essas casas também estão entre as que têm menor renda per capita média no país.

Serviços de TV por assinatura
No ano passado, 18,3 milhões de domicílios com televisão no Brasil tinham TV por assinatura. O acesso a este serviço continua sendo maior nas áreas urbanas do que nas áreas rurais. Entre 2016 e 2023, essa desigualdade estava em queda, passando de uma diferença de 25,3 pontos percentuais em 2016 para 8,8 em 2023.
No entanto, em 2024, essa diferença voltou a aumentar, chegando a 12,1 pontos percentuais. Um dos fatores para a queda foi a redução mais acentuada no número de assinaturas nas áreas rurais. Na região Centro-Oeste, 23,3% possuíam serviço de TV por assinatura na área urbana, contra 15,6% na área rural.
Dentre os motivos citados para não haver TV por assinatura, estavam: falta de interesse; serviço considerado caro demais; plataformas on-line que substituíram o serviço; o serviço não estava disponível na área da residência.
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