Campo Grande, com quase metade da população do Mato Grosso do Sul, segue sendo a cidade que mais gera emprego no Estado, mas o cenário está mudando. Se, antes, trabalho formal era ligado às grandes cidades, a industrialização faz com que os números mudem atualmente.
No primeiro semestre de 2025, Mato Grosso do Sul gerou 23,7 mil postos de emprego formal. Conforme os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), o setor de serviços foi o responsável por 9,7 mil vagas, seguido pela indústria, com 4,6 mil vagas.
Do total de vagas criadas no semestre, somente 26% foram em Campo Grande. Isso significa que 74% dos novos postos de emprego deste ano estão no interior. Mas não é só isso. Se tirarmos da conta as principais cidades do Estado (Campo Grande, Dourados, Corumbá, Três Lagoas e Ponta Porã), isso significa que 13,9 mil vagas foram geradas em cidades pequenas.
Entre os destaques do interior, estão:
- Inocência – 1.958 vagas, maioria na construção civil;
- Chapadão do Sul – 1.097 vagas, maioria nos serviços;
- São Gabriel do Oeste – 762 vagas, maioria na indústria alimentícia;
- Ribas do Rio Pardo – 733 vagas, maioria na construção civil;
- Nova Alvorada do Sul – 618 vagas, maioria na construção civil;
- Água Clara – 572 vagas, maioria ligada à produção florestal agropecuária;
- Costa Rica – 482 vagas, maioria no setor de serviços.
Industrialização que funciona
Há cerca de 10 anos, o Estado iniciou uma política de atração de indústrias em Mato Grosso do Sul, na tentativa de minimizar a economia pautada no binômio agropecuária e agricultura. As ações deram certo, com aumento da mão de obra no interior.
Segundo o professor Leandro Tortosa, os dados mostram que Mato Grosso do Sul vive a maior taxa de emprego e tem crescido acima da média do país — muito influenciado pelo processo de industrialização, que tem dado certo.
“A gente sabe que o desenvolvimento vem a reboque da indústria, que gera emprego e valor agregado. Aqui temos o vale da celulose, que potencializa diversos empregos também na área de serviços e agronegócio”, afirma o professor.

Indústria da revolução
Para além das cidades maiores, dois municípios do Estado são reflexo do poder da indústria. Ribas do Rio Pardo e Inocência, que tinham 23,9 e 8,7 mil habitantes no Censo de 2024, respectivamente, geraram empregos nos últimos anos, de maneira exponencial.
Ribas do Rio Pardo mudou completamente ao receber o anúncio de construção da indústria de celulose da Suzano. A cidade chegou a terminar 2022 com saldo de 4,6 mil empregos, devido ao pico de obras da indústria.
Inocência recebe as obras de uma indústria de celulose da Arauco e saiu de 9 empregos gerados em 2023, para 1.526 no ano passado. Só no primeiro semestre de 2025, o município foi responsável pela abertura de 1.958 vagas de emprego formal.
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