Equipamentos utilizados para afugentar e monitorar onças-pintadas em área urbana de Corumbá, distante 358 quilômetros de Campo Grande, desapareceram dos pontos onde estavam instalados. A falta dos equipamentos foi constatada no final da tarde de sexta-feira (8), durante manutenção feita pelo IHP (Instituto Homem Pantaneiro).
Os aparelhos estavam instalados na região do Bairro Cacimba da Saúde, onde houve avistamentos de onças-pintadas desde março de 2025. Conforme o Instituto, sumiram dois repelentes luminosos e uma armadilha fotográfica.
O material foi instalado no local para auxiliar o Grupo Técnico Onças Urbanas Corumbá-Ladário, formado pelo Ibama, Polícia Militar Ambiental, Fundação de Meio Ambiente do Pantanal, Defesa Civil de Corumbá, Jaguarte e o IHP. Juntas, as instituições têm feito o acompanhamento sobre os avistamentos e dado suporte aos moradores.
✅ Clique aqui para seguir o Jornal Midiamax no Instagram
O desaparecimento dos equipamentos gerou prejuízo financeiro de cerca de R$ 6 mil. Além disso, a falta do material causa prejuízo na obtenção de dados técnicos para entender o comportamento do animal avistado na região, bem como a definição de estratégias de mitigação de possíveis conflitos entre seres humanos e a espécie. Também ficou prejudicada a atividade de afugentamento do animal das proximidades das casas.
Desde o início dos avistamentos, os moradores das regiões afetadas diretamente têm contribuído para haver a coexistência entre fauna e humanos, além de somar esforços para manter os equipamentos em funcionamento e auxiliar os pesquisadores.
Os equipamentos fazem parte de uma série de estratégias discutidas entre os moradores e os pesquisadores, para entender o comportamento da onça-pintada que vinha sendo avistada, bem como formas de afugentar o animal das proximidades.
O Instituto informou que irá registrar boletim de ocorrência do caso na Polícia Civil, e reforça com a população que, em caso de avistamento de onça, este deve ser comunicado às autoridades competentes, como a Polícia Militar Ambiental, pelo telefone (67) 99266-4052.
Orientações:
Ao visitar áreas do habitat natural de onças, o ICMBio recomenda as seguintes orientações:
- Evite caminhar sozinho: trilhas em grupo são mais seguras, pois o barulho e o número de pessoas tendem a afastar os animais;
- Faça barulho durante a trilha: converse, cante ou bata o bastão de caminhada nas pedras. O objetivo é não surpreender a onça — o maior risco é assustá-la;
- Evite trilhas à noite, ao amanhecer e ao entardecer: Onças são mais ativas nesses horários (crepusculares e noturnas);
- Não corra: se avistar uma onça, mantenha a calma, correr pode estimular o instinto de perseguição;
- Mantenha contato visual e recue devagar: deu de cara com uma onça? Mantenha o animal no campo de visão, mas olhe sem desafiá-lo, sem demonstrar medo, e afaste-se devagar, sem virar as costas;
- Jamais se aproxime de filhotes: a mãe pode estar por perto e se tornar agressiva ao tentar protegê-los;
- Evite levar cães: cães podem provocar as onças, que os veem como ameaça ou presa, o que pode aumentar o risco de ataque;
- Preste atenção a sinais de presença: pegadas frescas, fezes, arranhões em árvores ou carcaças de animais são indícios de que a onça pode estar por perto.
Mais informações sobre a espécie estão disponíveis no sistema SALVE (buscar onça-pintada) e na publicação Guia Prático de Convivência – Predadores Silvestres e Animais Domésticos.
💬 Fale com os jornalistas do Midiamax
Tem alguma denúncia, flagrante, reclamação ou sugestão de pauta para o Jornal Midiamax?
🗣️ Envie direto para nossos jornalistas pelo WhatsApp (67) 99207-4330. O sigilo está garantido na lei.
✅ Clique no nome de qualquer uma das plataformas abaixo para nos encontrar nas redes sociais:
Instagram, Facebook, TikTok, YouTube, WhatsApp, Bluesky e Threads.