Com a queda na umidade relativa do ar, a hidratação torna-se uma preocupação ainda maior. O fenômeno tem se acentuado em todo o País, principalmente na região Centro-oeste.
Em Mato Grosso do Sul, o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) emitiu um aviso de perigo potencial para baixa umidade, com níveis que podem variar entre 12% e 30% até terça-feira. Esses índices são consideravelmente mais baixos do que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que sugere uma umidade ideal entre 40% e 70%.
Mesmo com as temperaturas amenas, o ar seco pode trazer riscos à saúde, como ressecamento da pele e das mucosas, dores de cabeça e problemas respiratórios. Por isso, a ingestão de água é fundamental.
A necessidade de se hidratar é constante, independentemente da sensação de calor. Para o professor de educação física Lúcio Braga, que está visitando Campo Grande, a atenção à hidratação é diária.
“Conforme a Organização Mundial de Saúde, a gente tem de tomar pelo menos dois litros de água por dia. Então é só comprar quatro garrafinhas cada que tá tudo bem”, afirmou ele. A recomendação da OMS é um ponto de partida, mas a quantidade ideal pode variar de pessoa para pessoa.
A prevenção é a chave. Segundo o professor, “o ideal é não deixar o corpo sentir falta de água. Antes mesmo de sentir sede, tem de se hidratar”. A sede já é um sinal de que o corpo está em processo de desidratação. É por isso que Braga e sua esposa andam sempre com garrafinhas de água, repondo-as ao longo do dia para não se descuidarem.
(Foto: Helder Carvalho, Midiamax)
Mais que necessidade
A baixa umidade relativa do ar é sentida de forma diferente por quem não está acostumado. A estudante boliviana Rosalva Moyano notou rapidamente a diferença climática. “Vim pra cá passear. Sou boliviana. Lá faz bastante calor. Aqui está friozinho, mas está muito seco. Então dá muita sede”, comentou ela, reforçando que a sensação de sede é um indicador claro da necessidade de se hidratar em um clima seco, mesmo que a temperatura esteja mais baixa.
A confeiteira Minerva Araniba, que mora na região há seis meses, também destaca a importância de manter-se atento. “A gente tem de preocupar com a hidratação. Moro aqui faz seis meses e o tempo tá muito seco”, disse.
Apesar da menor procura em comparação ao verão, as vendas de água se mantêm em dias mais frios, como observou o vendedor ambulante Célio Henrique. “Apesar do frio, o pessoal tá comprando água sim. Claro que não igual ao verão, mas as vendas continuam”, disse ele.
Precauções necessárias
Em dias de baixa umidade, o cuidado com a saúde deve ser redobrado. Além de beber bastante água, outras medidas podem ajudar a aliviar os efeitos do ar seco:
- Evite exercícios físicos intensos entre as 10h e as 16h, quando a umidade costuma ser ainda mais baixa.
- Hidrate as vias aéreas com soro fisiológico no nariz e nos olhos.
- Use umidificadores de ar ou coloque um balde de água ou uma toalha molhada nos ambientes para aumentar a umidade.
- Consuma alimentos ricos em água, como frutas e verduras.