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Cotidiano

Grupo bloqueia BR-163 em Campo Grande em protesto após morte de motociclista

Roger Barbosa morreu em um acidente envolvendo mais um carro e um caminhão
Osvaldo Sato, Layane Costa -
protesto
Morte de motociclista foi estopim para manifestação. (Madu Livramento, Jornal Midiamax)

Um protesto na tarde desta terça-feira (28) bloqueou os dois sentidos da rodovia BR-163, na área do anel viário de , nas proximidades do cruzamento com a Rua Água Azul. Após negociação, os manifestantes iniciaram liberação da via em sistema de ‘Pare e Siga’. Por volta das 19h30, os manifestantes deixaram o local e o trânsito foi liberado após confirmação de reunião com representantes da CCR MSVia, nesta quarta-feira (29).

O motivo do protesto é a falta de segurança na rodovia, evidenciada pela morte de Roger de Almeida Barbosa, 33 anos, em um acidente ocorrido na segunda-feira (27). Ele pilotava uma motocicleta que colidiu com um caminhão e um veículo de passeio que seguiam em sentidos contrários. A vítima tentava acessar o anel viário quando foi atingida pelo caminhão e arremessada contra o carro. O impacto foi tão forte que o capacete se soltou, e o morreu no local.

A manifestação reuniu cerca de 200 pessoas, entre amigos, familiares e moradores do Noroeste, exigindo a instalação urgente de semáforos e radares no trecho da rodovia utilizado como entrada e saída do bairro.

Com ânimos exaltados, os manifestantes exibiam cartazes com dizeres como “Noroeste pede socorro” e gritavam palavras de ordem, como “queremos semáforos”.

Ambos os sentidos da rodovia foram bloqueados (Foto: Madu Livramento, Midiamax)

A administradora Odilia Porfílio Dias, de 42 anos, que está presente na manifestação, teme pela vida de parentes e funcionários.

“Hoje eu tenho funcionários que moram no Noroeste, eu tenho medo de contratar pessoas que moram no Noroeste. Tenho filhos que moram no Noroeste e temo pela vida deles. É o segundo amigo meu que morre nessa BR. O fluxo fica todo aqui, e acontece acidente todos os dias. Ele [Roger] foi fazer um orçamento de trabalho e, quando retornou, perdeu a vida aqui. Queremos semáforo. Não adianta colocar quebra-molas aqui. O ideal é uma sinalização semafórica, é o que precisamos”, disse.

Já a presidente do bairro , Valmira Rigotti, diz que há necessidade de melhorias na sinalização. “É prioridade hoje um semáforo ou quebra-molas nessa região. Todos os dias temos acidentes, e nossos moradores são as vítimas fatais. Está faltando um olhar mais técnico, um pouco mais de empatia, para colocar o semáforo aqui. Desde 2017 estamos nessa luta pela sinalização, e ninguém é ouvido”, afirmou.

Outros moradores relembram os inúmeros episódios trágicos no mesmo cruzamento. “Teve esse [acidente] com nosso amigo de infância. Teve a mãe de outro amigo que quebrou a perna em três lugares, tudo nesse cruzamento. Um semáforo é urgente para controlar isso. Hoje, duas mães demoram 15 ou 20 minutos para conseguir atravessar, porque não tem nada que controle o trânsito”, disse Pablo César Mota da Silva, de 33 anos, morador do Noroeste.

Viaturas da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Militar estiveram no local, negociando a liberação da rodovia. Ainda assim, não há previsão para o término do bloqueio. O trânsito segue comprometido, com grandes filas de veículos parados nos dois sentidos da BR-163.

CCR MSVia afirma que semáforos poderiam aumentar acidentes

Contactada pela reportagem do Jornal Midiamax, a CCR MSVia, responsável pela rodovia, encaminhou nota oficial sobre a possibilidade de implantação de semáforos na região.

Confira nota na íntegra:

A CCR MSVia informa que, após análise técnica detalhada, a implantação de semáforo no km 484 da BR-163/MS, no Anel Viário de Campo Grande, não é recomendada, conforme orientações do Manual de Sinalização Rodoviária, pois sistemas semafóricos tendem a aumentar a ocorrência de acidentes em rodovias de alto fluxo.

Por isso, a Concessionária buscou outras formas de efetuar melhorias na região, implantando sinalização horizontal (tachões e faixas) e vertical (placas), além de faixas de aceleração e desaceleração em determinados pontos da rodovia.

Ainda, no km 482, há um trevo completo que oferece segurança para as manobras dos motoristas, bem como acesso aos bairros próximos.

A Concessionária reitera que mantém o Programa de Redução de Acidentes, em que são realizadas ações educativas, de fiscalização e de engenharia em trechos críticos, identificados a partir de estudos feitos com base em dados estatísticos, em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal.

Além disso, equipes especializadas responsáveis pela manutenção e conservação da rodovia realizam periodicamente a revitalização da sinalização e os reparos necessários no pavimento. Os clientes que trafegam pela BR-163/MS contam, ainda, com o Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU), que oferece socorro médico e mecânico 24 horas por dia, promovendo mais segurança para quem trafega na rodovia.

(Alterada para acréscimo de informações às 20h de 28/01/2025)

(Foto: Madu Livramento, Midiamax)

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