Moradores do condomínio Residencial Flamingos, em Campo Grande, se queixaram do desaparecimento de cinco gatos comunitários — que não possuem dono, mas vivem na região — nos últimos dias. Segundo condôminos, os animais estavam há mais de sete anos ‘morando’ no local e já eram conhecidos.
Ainda antes dos ‘sumiços’, houve também reclamações sobre a aplicação de multas pelo condomínio, que chegam até R$ 1,5 mil, por colocar ração aos animais em áreas de uso comum. No entanto, a legislação do condomínio não permite o depósito de itens, mesmo que temporariamente, em áreas de uso comum.
Diz o documento que rege o condomínio:
“Cláusula 3º – Dos Direitos e Deveres dos Condôminos;
d) não depositar coisa alguma nas áreas de uso comum (inclusive bicicletas e motocicletas), ainda que temporariamente, sob pena de arcar com as despesas pela remoção e multa;
h) possuindo animais de estimação, devem mantê-los vacinados e em boas condições de higiene, evitando-se também a sua permanência nas áreas comuns, sendo que o seu dono, deve prezar pelo seu silêncio”.
Sumiço sem explicação
Mesmo que os animais não possuam dono, muitos viviam na região e eram “queridos” por alguns moradores. Com a proibição de alimentar os gatos, eles estariam ficando com fome, já que não possuem um local específico para morar. “O que mais choca a gente é que agora eles estão sem comida e sem água”, afirma uma moradora, que preferiu não se identificar.
Ela diz que já recebeu R$ 7 mil em multas relacionadas a alimentar os gatos comunitários, e inclusive já resgatou um deles. Segundo a mulher, ela procurou ONGs para adoção dos animais, mas relata que estão todas superlotadas.
Já o síndico do condomínio reitera que é proibida a permanência de animais soltos no local e o condomínio não possui controle sobre os animais de rua, por isso, não sabe o que aconteceu com os gatos desaparecidos. Ele também afirma que a circulação dos felinos pode trazer doenças a outros animais e pessoas, além de incômodos a moradores como vômitos, fezes e urina próximo a veículos.
O síndico diz que já acionou, por meio de ofício, a CCZ (Coordenadoria de Controle de Zoonoses) para o recolhimento desses animais. Porém, afirma que eles só buscam quando o animal está doente, e os aparentemente saudáveis não são recolhidos.
Enquanto o responsável pela administração do local diz usar as multas para que os moradores parem de colocar ração — para não atrair também outros animais —, os condôminos se queixam da condição de saúde dos animais e dos altos valores das penas.
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