Funcionários da Santa Casa enfrentam atraso salarial e convocam assembleia

Presidente do Sindicato disse que a entidade não teria pago os salários devido a atrasos nos repasses da Prefeitura Municipal e do Governo Estadual

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Santa Casa de Campo Grande. (Arquivo, Jornal Midiamax)

Os mais de 4 mil profissionais que atuam na Santa Casa de Campo Grande, incluindo 1.500 trabalhadores na área de enfermagem, relatam atraso no pagamento de janeiro, que deveria ter sido feito até o 5.º dia útil. A falta de previsão para a regularização da folha de pagamento gera apreensão entre os funcionários.

Conforme o presidente do Sintesaúde/MS (Sindicato dos Trabalhadores nas Áreas de Enfermagem de Mato Grosso do Sul), Lázaro Santana, ele teria sido informado que o atraso se deve à falta de repasses do governo estadual e da prefeitura de Campo Grande.

“Segundo os gestores, não tem previsão de pagamento dos salários dos trabalhadores. Eles relatam que até o momento não receberam nenhum recurso, nenhum repasse da prefeitura e nem do estado, e dependem desse recurso para poder pagar a folha”, afirmou Lázaro.

Assim, o sindicato convocou uma Assembleia Geral Extraordinária para esta sexta-feira (10) com reuniões marcadas para as 7h, no saguão do andar térreo da Santa Casa. O objetivo é orientar os filiados e pressionar a entidade para o pagamento ser realizado imediatamente.

“Os trabalhadores vão fazer uma assembleia e podemos até paralisar até que a Santa Casa e as demais autoridades decidam fazer o pagamento. Lembrando que o salário é uma verba alimentícia, não tem como aguardar outras datas”, enfatizou o presidente do sindicato.

A situação é ainda mais preocupante para os trabalhadores, uma vez que eles não contam com benefícios como vale-alimentação, dependendo exclusivamente dos salários para suas despesas. Uma funcionária da área de enfermagem, que preferiu não se identificar, desabafou sobre os atrasos.

“Nós sempre recebemos no quinto dia útil, mas até hoje nem os funcionários da Santa Casa, nem o pessoal da limpeza receberam os salários. Nós não temos ticket-alimentação, só pagamento. E ainda não tem previsão de pagamento”, disse.

Segundo Lázaro Santana, a categoria está unida e não descarta a possibilidade de paralisação total até que a situação seja resolvida.

A reportagem do Jornal Midiamax questionou a Prefeitura de Campo Grande e o Governo de MS sobre a previsão para os repasses serem efetuados, mas até o momento desta publicação, não obteve retorno. O espaço segue aberto para posicionamentos.

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