Em um mês, cerca de 20 acidentes de trânsito foram contabilizados pelo empresário Marcelo Zamproni, na esquina de sua empresa, localizada no cruzamento da Rua 13 de Junho com a Rua Dr. Dolor Ferreira de Andrade, em Campo Grande.
Para ele e seus funcionários, tornou-se comum encontrar resquícios de batidas na calçada ao chegar para mais um dia de trabalho. A situação é tão crítica que, em uma única semana, Marcelo conseguiu puxar pelas câmeras de segurança do seu estabelecimento três acidentes.
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O Jornal Midiamax esteve no local e verificou que a Rua 13 de Junho até conta com sinalização — ambos os lados têm placa de Pare. No entanto, para o empresário, a pintura gasta da sinalização horizontal na via e a desatenção de alguns condutores podem ser fatores facilitadores para o caos que o trânsito na região tem se tornado.
Acidentes recorrentes
A empresa de Marcelo funciona no endereço há três meses. No entanto, há um ano, ele já visitava o local para acompanhar a reforma no espaço. Desde então, a frequência com que ocorrem sinistros tem impressionado.
“Quando começamos a mexer aqui, tinham marcas na calçada, a placa de Pare estava caída e tinha um amassado no portão lateral. Segundo a vizinha, a marca era de uma batida que aconteceu um tempo atrás. O problema é que as pessoas não entendem que aqui (Rua Dr. Dolor Ferreira de Andrade) é preferencial, acabam cruzando e batendo. Em horário de pico, isso aqui é um caos”, pontua.
Como a empresa é especializada em engenharia de telecomunicações, Marcelo posicionou algumas câmeras de segurança de maneira estratégica, por saber que, após o acidente, autoridades o procuram em busca de imagens do sinistro.
“Às vezes eu nem vejo o acidente, o pessoal que me conta e puxamos nas câmeras. Isso se torna necessário pra gente também, como respaldo, porque se um dia baterem no nosso muro ou no portão, conseguimos ver quem foi, puxar a placa do motorista. Eu não tenho a obrigação de fazer isso, mas é necessário. Se todo mundo visse um problema e buscasse formas de resolver, as coisas não estariam assim”, frisa.
Melhorias e posicionamentos
Conforme Marcelo, após presenciar tantos acidentes, ficou evidente a necessidade de manutenção na sinalização, seja um reparo na que já existe, ou então, a instalação de um semáforo. “Aqui se concentra um fluxo muito intenso, especialmente em horário de pico. Sem contar que tem uma obra aqui perto, então aumentou a circulação de veículos grandes”, conta.
A reportagem acionou a Prefeitura de Campo Grande para saber se a sinalização no cruzamento receberá algum reparo ou até se a instalação de um semáforo será estudada. Em nota, a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) informou que incluirá o local mencionado na programação da equipe técnica. Assim, serão avaliadas possíveis melhorias na via, visando fortalecer a segurança e a organização do tráfego na área.
Vale lembrar que a população pode colaborar notificando demandas relacionadas à infraestrutura e fiscalização no trânsito por meio do telefone 156 ou pelo App Fala Campo Grande.
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