A família de Ana Claudia Rodrigues Marques, de 44 anos, assassinada na madrugada de 11 de dezembro de 2024 por seu ex-companheiro, esteve no protesto que cobra justiça e providências sobre o feminicídio da jornalista Vanessa Ricarte. A manifestação ocorre na manhã deste sábado (15), no centro de Campo Grande.
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Ao Jornal Midiamax, Atilan Dias Camargo, cunhado de Ana, relembrou o crime bárbaro que vitimou a familiar. Além de Ana, Flávio Saad assassinou Carlos Augusto Pereira de Souza, atual companheiro da vítima. O autor segue foragido.
“Esse ex-marido foi até a casa, invadiu e matou os dois de forma fria, sanguinária, chocante. Ele chega, discute e dispara, descarrega a arma”.
Sensibilizada e revoltada com o caso de Vanessa, a família explicou que reviveram a noite em que Ana foi assassinada a cada matéria lida sobre a jornalista. O descaso e brutalidade que envolve sua morte, os fizeram relembrar do dia em que Ana partiu.
“Ficamos completamente chocados. Todos nós, praticamente, revivemos o que aconteceu lá em 11 de novembro, idêntico. Então nós ficamos chocados. E nós viemos aqui dar um apoio para a família da Vanessa, porque nós sabemos o que está passando, e também prestar a nossa indignação, que até hoje o caso da Ana não foi resolvido, porque o Flavio Saad ainda não foi preso”.
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Relembre o crime
Antes de matar as vítimas, Flávio Saad teria dito: “É isso que talarico merece”. Equipes do Batalhão de Choque foram acionadas para a Rua Ibirapuã e, quando chegaram, o enteado de Ana contou que estava dormindo quando depois da meia-noite ouviu mais de 10 disparos e gritos de sua madrasta.
O enteado se escondeu em um canto do quarto quando ouviu os tiros e os gritos de socorro. Ana foi encontrada caída no corredor próximo à sala e Carlos caído dentro do banheiro da suíte. O autor já havia fugido do local.
Durante as diligências ao longo da rua, foi localizada uma câmera de segurança de uma residência que flagrou o autor indo e voltando do local do crime. As imagens foram mostradas ao filho do autor, que reconheceu seu pai.
Na residência onde o autor morava, os policiais localizaram cápsulas de revólver calibre .38, além de 12 munições de calibre .32, mais 84 munições de calibre .357, um revólver calibre .22, número 132504, e um revólver Smith & Wesson calibre .357.
Onde tentar ajuda em MS
Em Campo Grande, a Casa da Mulher Brasileira está localizada na Rua Brasília, s/n, no Jardim Imá, 24 horas por dia, inclusive aos finais de semana.
Além da DEAM, funcionam na Casa da Mulher Brasileira a Defensoria Pública; o Ministério Público; a Vara Judicial de Medidas Protetivas; atendimento social e psicológico; alojamento; espaço de cuidado das crianças – brinquedoteca; Patrulha Maria da Penha; e Guarda Municipal. É possível ligar para 153.
Existem ainda dois números para contato: 180, que garante o anonimato de quem liga, e o 190. Importante lembrar que a Central de Atendimento à Mulher – 180, é um canal de atendimento telefônico, com foco no acolhimento, na orientação e no encaminhamento para os diversos serviços da rede de enfrentamento à violência contra as mulheres em todo o Brasil, mas não serve para emergências.
As ligações para o número 180 podem ser feitas por telefone móvel ou fixo, particular ou público. O serviço funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana, inclusive durante os finais de semana e feriados, já que a violência contra a mulher é um problema sério no Brasil.
Já no Promuse, o número de telefone para ligações e mensagens via WhatsApp é o (67) 99180-0542.
Confira a localização das DAMs, no interior, clicando aqui. Elas estão localizadas nos municípios de Aquidauana, Bataguassu, Corumbá, Coxim, Dourados, Fátima do Sul, Jardim, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas.
Quando a Polícia Civil atua com deszelo, má vontade ou comete erros, é possível denunciar diretamente na Corregedoria da Polícia Civil de MS pelo telefone: (67) 3314-1896 ou no GACEP (Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial), do MPMS, pelos telefones (67) 3316-2836, (67) 3316-2837 e (67) 9321-3931.
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