Após a pavimentação da Avenida Wilson Paes de Barros, conhecida como ‘avenida nova’, moradores da região relataram problemas como a ausência de iluminação pública, a inexistência de sinalização e redutores de velocidade, além da falta de manutenção do mato que cresce nos canteiros e terrenos ao lado da ciclovia.
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O trecho corresponde a um trajeto que interliga toda a região do Lagoa ao núcleo industrial e região do Imbirussu, próximo ao aeroporto de Campo Grande. A obra impacta, pelo menos, 40 mil habitantes de seis bairros da região oeste de Campo Grande, conhecida popularmente de Corredor do São Conrado.

O empresário Pablo de Santos relata que o trecho precisa urgente de iluminação, além de algum dispositivo de fiscalização para controlar a velocidade em que os carros transitam pelo local.
“Como a via ficou muito reta e lisa, eles abusam da velocidade e acaba acontecendo muito acidente. Já teve, se eu não estou enganado aqui, umas duas a três mortes em seis meses, desde que finalizaram esse asfalto”.
O técnico em segurança do trabalho Marcos de Oliveira Rocha observa que a ciclovia ficou boa para quem utiliza bicicleta como meio de locomoção, porém, falta manutenção nos canteiros, pois conforme relato, o matagal está tomando conta da pista. “O que tá faltando mesmo é dois pontos: iluminação e a parte de manutenção, de limpeza”.
A dona de casa Franciele dos Santos comenta que só sai de casa para caminhar ao lado do cachorro de estimação, por uma questão de segurança, já que teme que alguém com más intenções se esconda no matagal. “Dá até medo de você caminhar e encontrar um doido que vai puxar você pro meio do mato, porque não tem iluminação, e iluminação é um negócio simples”.

Corredor São Conrado
O projeto de vias estruturantes foi anunciado em 2022 dividido em três lotes, e contempla diversas ruas e avenidas que interligam os bairros Jardim São Conrado, Portal Caiobá, Tijuca, São Jorge da Lagoa e Aero Rancho. A via impacta na rotina de moradores do Jardim Santa Emília, São Conrado, Jardim Carioca, Nova Campo Grande, Vilas Serradinho e Vila Eliane.
A obra abre um novo caminho asfaltado para quem vai do Polo Empresarial Oeste, no Núcleo Industrial, até esses bairros. Atualmente, a única alternativa é a Avenida Duque de Caxias e a nova rota deve encurtar o caminho em 14 km.
Além disso, o corredor se desenvolve nas regiões Urbanas Imbirussu e Lagoa para ligar as principais vias estruturantes de Campo Grande: Avenida Duque de Caxias, Avenida José Barbosa Rodrigues, Avenida Júlio de Castilho, Avenida Gunter Hans e Avenida Ernesto Geisel.
Em matéria publicada em agosto de 2024, o Midiamax mostrou que R$ 83 milhões já haviam sidos gastos na obra estruturante da avenida.
Histórico de acidentes
Acidente ocorrido no dia 17 de novembro de 2024, na Avenida Wilson Paes de Barros, vitimou o casal Victor Pedro Peralta, de 50 anos, e Maria do Socorro Soares Vieira, de 46 anos.
Segundo informações do boletim de ocorrência, o casal e uma criança estavam em uma caminhonete e seguiram pela avenida, quando o condutor desviou de um monte de terra que havia na pista de rolamento, fazendo com que o veículo realizasse uma manobra de desvio.
Em seguida, após realizar a manobra, Victor perdeu o controle da direção e bateu em um poste que estava no local. O casal morreu na hora e a criança foi socorrida pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), sendo encaminhada para a Santa Casa de Campo Grande.
Em março deste ano, um motociclista de 35 anos morreu atingido por um caminhão caçamba na Avenida Wilson Paes de Barros, na região do bairro Nova Campo Grande. O motociclista e o caminhoneiro, de 55 anos, seguiam pela avenida, quando, em dado momento, o condutor do caminhão foi realizar uma conversão para adentrar na Avenida Três e acabou atingindo a vítima.
O que diz a prefeitura?
A Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) informou que estão sendo feitos estudos para a implantação da iluminação pública na avenida citada na matéria. “Será necessário verificar com a concessionária de energia elétrica se a rede disponível permite a execução desse serviço”, diz a nota.
Em relação a reclamação dos moradores a respeito do mato, “todas as vias públicas e praças estão recebendo serviço de roçada e limpeza, e para otimizar custos e agilizar os serviços os serviços estão sendo executados por região”.
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