O Ejud-MS (Escola Judicial) realizou o Módulo de Prática Judicante do Curso Oficial de Formação Inicial de 18 de março a 24 de abril a novos magistrados. Segundo o TJMS, nesta etapa, com carga horária de 220 horas-aula, os novos juízes substitutos de MS em formação atuam no Fórum de Campo Grande, sob a supervisão de magistrados orientadores, participando de processos, audiências e sessões do Tribunal do Júri. Trata-se do curso de formação destinado aos aprovados no 33º concurso para provimento de cargo de juiz substituto do Poder Judiciário sul-mato-grossense.
A Escola Judicial é credenciada pela Enfam (Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados). Segundo o TJMS, o objetivo é o de capacitar os novos magistrados de forma prática, preparando-os para os desafios da judicatura com excelência e eficiência. Para a juíza Maressa Duchini Moreira de Menezes, a fase prática é valiosa ao proporcionar um contato direto com magistrados mais experientes, que têm muito a ensinar.
“A gente consegue visualizar na prática o trabalho que eles vêm fazendo em relação às audiências, à condução de processos e à gestão de gabinetes e cartórios. É importante ter essa vivência e ver como as coisas são realizadas, para além da teoria que já conhecemos. Certamente é um período de grande aprendizado”, disse a juíza Maressa Duchini Moreira de Menezes.
Conforme o juiz Jorge Kuramoto, titular da Vara da Infância e da Adolescência, esta etapa prática é fundamental para preparar os novos juízes, pois “dessa forma, eles podem ir para a comarca do interior mais preparados, mais orientados e conscientes do tipo de responsabilidade que vão enfrentar”.
Já juiz Luiz Guilherme Piancastelli, um dos magistrados em formação pela Ejud-MS, tem encarado esta etapa prática do curso de formação como uma oportunidade de contato direto com a realidade do Judiciário.
“A teoria muitas vezes é distante do que encontramos no dia a dia, de todos os percalços que podemos enfrentar em audiências. E este contato inicial com juízes experientes é um grande aprendizado para nossa futura atuação no interior, especialmente ao observar a forma como conduzem as audiências de maneira pacífica e com o objetivo de extrair a verdade nos depoimentos das partes”, avalia.
Para o juiz Yves West Behrens, que também participa do curso de formação, o contato direto com a realidade dos cartórios e dos gabinetes tem sido uma experiência enriquecedora.
“Tem sido uma vivência emocionante, no sentido de que a gente dá as primeiras decisões com o nosso nome”, explica Yves, destacando a transição da teoria para a prática na função judicial.