Desde a quarta-feira da semana passada, dia 30 de abril, a operadora de loja Renata dos Santos, de 20 anos, acompanha o sofrimento do filho dela, de 1 ano e 5 meses, internado com pneumonia na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Universitário.
De acordo com a mãe, o bebê passou a ser medicado com antibiótico assim que deu entrada, mas no sábado (3) à tarde, foram realizados exames de sangue e raio X, cujos resultados estavam alterados.
Assim, a pediatra afirmou que a criança está piorando em relação ao dia de chegada. Diante disso, a mãe foi informada que o menino precisa ser transferido para um hospital, e que o remédio que ele precisa tomar não tem na UPA.
Preocupada com o agravamento da doença, ela pediu a receita do medicamento, para que pudesse comprar e, assim, o bebê ser medicado quanto antes para evitar que o quadro piore ainda mais.
No entanto, ela conta que os profissionais de saúde não quiseram receitar o medicamento. “Estou desesperada. Meu filho está só piorando aqui dentro e elas só me dizem que não podem fazer nada”, desabafa a mãe.
Falhas no atendimento
A mãe também alega que a troca de pediatras é constante e a aplicação do antibiótico não está ocorrendo de maneira ordenada, com o espaçamento adequado de horário.
Renata ainda relata que o filho apresenta inchaço e vermelhidão no pé onde está inserido o acesso. Por causa disso, ele não para de chorar.
Ao pedir atendimento a uma enfermeira, para que o acesso fosse checado e também verificado se o bebê está com febre, a enfermeira ignorou o pedido e ficou sentada mexendo no celular.
O aumento expressivo no número de casos de doenças respiratórias e o déficit de leitos na rede pública de saúde levaram a Prefeitura de Campo Grande a decretar situação de emergência na saúde por 90 dias, desde o dia 26 de abril.
Avô também está internado na UPA
Renata ainda conta que o avô dela, de 63 anos, também está internado na UPA Universitário. Neste sábado (3), a família enfrentou problemas no atendimento prestado na unidade depois que o idoso deu entrada com falta de ar, vômito com sangue e dificuldade severa para falar e se alimentar.
Após medicarem o paciente, a equipe quis dar alta, mas a família não aceitou a decisão, já que ele ainda apresentava os sintomas.
Assim, os familiares insistiram que o idoso fosse mantido sob atendimento, e que mais exames fossem feitos. Diante disso, segundo Renata, o avô passou por novos exames, que acabaram detectando quadro de pneumonia e tuberculose no paciente. Ele segue internado na unidade de saúde.
Posicionamento da Sesau
O Jornal Midiamax acionou a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) no final da manhã deste domingo (4) para obter um posicionamento sobre os dois casos, tanto do bebê, filho de Renata, quanto do avô dela, bisavô do bebê.
Sobre o idoso, segundo a secretaria, “ele segue sendo acompanhado pela equipe do local e reavaliado, tendo seu quadro clínico atualizado constantemente na solicitação para transferência hospitalar”.
*Matéria editada às 16h18 para inclusão de resposta da Sesau.
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