O caos na saúde de Campo Grande continua. Neste sábado (3), familiares de um idoso de 63 anos enfrentaram problemas no atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Universitário. Com pneumonia e tuberculose, houve tentativa de liberação do paciente antes de atendimento adequado, segundo a família.
Segundo a neta dele, Renata dos Santos, de 20 anos, o paciente, que tem deficiência visual, deu entrada na unidade apresentando sintomas graves, como falta de ar, vômito com sangue e dificuldade severa para falar e se alimentar.
Ainda conforme a família, com muita secreção, ele também não conseguia falar, e apresentava dificuldade de locomoção.
Sintomas do paciente
No entanto, conforme o relato da neta, a equipe de atendimento teria minimizado a gravidade do quadro clínico, chegando a negar assistência adequada.
A jovem relata ainda que testemunhou uma enfermeira debochando da situação, afirmando que o idoso nem estava doente, sem saber que a jovem era neta do paciente.
Diante da fala da profissional, Renata reafirmou a gravidade dos sintomas do avô, deixando a enfermeira envergonhada.
Tentativa de alta
O paciente então passou por atendimento, mas, mesmo com o agravamento dos sintomas e sem sinais de melhora, houve tentativa de liberação do paciente sob a alegação de que ele estava bem, contrariando o estado descrito pelos familiares.
A família interveio e insistiu que o idoso fosse mantido sob atendimento, e que mais exames fossem feitos.
Diante disso, segundo Renata, o avô passou por novos exames, que acabaram detectando quadro de pneumonia e tuberculose no paciente. Ele segue internado na unidade de saúde.
Posicionamento da Sesau
Ainda no sábado (3) o Jornal Midiamax acionou a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) para obter um posicionamento sobre a situação. Em nota, o órgão afirmou que “o paciente em questão está sendo acompanhado pela equipe da unidade de saúde e segue no sistema de regulação, sem previsão de alta.”
Ainda segundo o posicionamento, a equipe da unidade iniciou o “desmame do oxigênio do paciente, conforme a capacidade dele. Entretanto, isso não significa que o próximo passo a ser dado é a alta médica.”
“Cabe reforçar que ele segue sendo acompanhado pela equipe do local e reavaliado, tendo seu quadro clínico atualizado constantemente na solicitação para transferência hospitalar”, finaliza a nota.
*Matéria editada às 16h15 para inclusão de resposta da Sesau.
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