Campo Grande tem 206 pessoas que aguardam por vaga em hospital, neste sábado (26). De acordo com dados da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), são 48 crianças e 158 adultos que esperam a transferência para um leito hospitalar. Campo Grande tem atualmente um déficit aproximado de 1 mil leitos hospitalares.
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A Prefeitura de Campo Grande decretou estado de emergência na saúde por 90 dias, na manhã deste sábado (26), diante do aumento de casos de síndrome respiratória, superlotação nos atendimentos e déficit de leitos disponíveis.
Entre as medidas adotadas, estão a liberação da vacinação para todos os públicos a partir de domingo (26). O Pronto Atendimento Infantil irá se tornar referência na internação de crianças, devido à infraestrutura mais especializada, quando não houver leitos disponíveis nos hospitais. Casos menos graves de internação serão encaminhados para as UPAs 24 horas do Universitário ou Coronel Antonino.
Em nota, a Sesau informou que Campo Grande tem atualmente um déficit aproximado de 1 mil leitos hospitalares para atender a população, que ultrapassa 900 mil habitantes.
A cidade conta com uma média de 1,5 leitos públicos para cada mil habitantes, abaixo do recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), de 3 a 5 leitos a cada mil habitantes.
“A Prefeitura de Campo Grande, em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde (SESAU), está monitorando a situação de forma contínua e adotando medidas emergenciais, incluindo a ampliação da vacinação contra a Influenza para toda a população a partir de seis meses e a reativação do Centro de Operações de Emergência (COE), visando conter o avanço das doenças respiratórias e garantir atendimento adequado à população”, informa a nota.
A pasta ainda relata que busca apoio do Governo do Estado e do Governo Federal para a ampliar a rede de leitos, especialmente para aliviar a demanda de Campo Grande e do interior que acaba sendo enviada para a Capital.
Casos disparam
Na mesma semana em que Campo Grande decretou situação de emergência de saúde foram registrados 1.048 casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), sendo quase metade (45,99%) em crianças pequenas, abaixo dos quatro anos.
A informação consta no Decreto n. 16.246/2025, publicado na edição extra do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande), deste sábado (26). A situação de emergência na saúde foi implantada após o aumento de casos de influenza, do VSR (Vírus Sincicial Respiratório) e da SRAG. A alta demanda tem causado superlotação e déficit de leitos hospitalares, especialmente pediátricos.
Campo Grande enfrentou as mesmas dificuldades na saúde pública em 2024, quando também foi decretado estado de emergência na saúde devido ao aumento de casos de SRAG. No fim de abril do ano passado, 29 crianças estavam na fila por UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
Na atual semana epidemiológica 17ª, foram registrados 1.048 casos de SRAG em Campo Grande, sendo 482 casos em menores de quatro anos. Foi registrado aumento do uso de oxigênio em crianças nas unidades de saúde.
O COE (Centro de Operações de Emergência) para Doenças Respiratórias e Arboviroses foi instaurado em 2 de abril. Relatório de Atendimentos do COE apontou que nos prontos atendimentos das UPAs (Unidade de Pronto Atendimento) e CRS (Centro Regional de Saúde) o número chegou a 3 mil atendimentos diários nas semanas epidemiológicas 15, 16 e 17. O cenário é de alta de 125% dos casos respiratórios em abril em comparação ao mês de fevereiro.
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