Com uma infinidade de eletrodomésticos que auxiliam nas tarefas do dia a dia e até substituem funções manuais, o uso desses itens aumentaram, impactando, consequentemente, o serviço de reparos e manutenções.
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Em Campo Grande, o setor segue aquecido. Mas será que vale sempre a pena consertar? O que os técnicos recomendam para prolongar a vida útil dos aparelhos? O Jornal Midiamax foi atrás dessas respostas e também ouviu o que dizem os profissionais sobre um termo de difícil compreensão, mas enfrentado por todos: a obsolescência programada.
O técnico e responsável pelos atendimentos na Eletrotem, loja especializada em conserto de eletrodomésticos, Matheus Machado, comenta que percebe um aumento na procura por esses atendimentos, principalmente em itens utilizados na cozinha. A loja recebe, em média, 10 aparelhos para consertar por dia.
“A fritadeira, o forno elétrico, acabaram substituindo muitas coisas que só o fogão fazia. Então, ao longo do tempo, o pessoal começou a se acostumar muito a usar esses aparelhos. Consequentemente, eles estragam mais devido ao uso, que aumentou”, justifica.
Micro-ondas é campeão de estragos
O micro-ondas lidera o ranking de produtos que mais apresentam defeito no longo prazo, sendo o item que aparece com maior frequência na loja de consertos onde Matheus trabalha. Em seguida, as demandas mais comuns também incluem aspirador de pó, geladeira e as famosas fritadeiras air fryer.
O técnico revela que o principal motivo dos danos nesses aparelhos está relacionado ao hábito de ligá-los na voltagem errada, fazendo os eletrodomésticos queimarem. O uso de adaptadores, popularmente conhecidos como ‘T’, e réguas de extensão elétrica também podem prejudicar o bom funcionamento dos aparelhos, principalmente os que consomem muita energia.
“Às vezes a tomada é grossa, de 20 amperes, e as pessoas utilizam adaptadores para conseguir usar a tomada de 10 amperes, e isso acaba mudando o funcionamento no aparelho. A amperagem dele aumenta e ocasiona defeitos no produto”, detalha Matheus.
Prolongar a vida útil dos eletrodomésticos não tem ‘segredo’
Tornar a vida útil dos aparelhos eletrodomésticos é simples: realizar o uso correto deles. Matheus explica que precisa respeitar a voltagem, capacidade e demais orientações de uso de cada item em específico.
As réguas de extensão também são um grande problema, porque colocar vários produtos funcionando ao mesmo tempo causa sobrecarga. Além disso, seu uso também não é recomendado, principalmente para aparelhos que puxam muita energia, como geladeiras.
“Quando o aparelho vem com uma tomada de 20 amperes, é para você ligar direto em uma tomada de 20 amperes. Também não é recomendado o uso das réguas, porque produtos como TV, geladeira, são aparelhos para serem ligados separadamente e terem uma tomada exclusiva para eles.”

Quando compensa arrumar ou comprar novo?
O técnico explica que não precisa descartar um produto só porque ele deu defeito. No entanto, recomenda que, se o aparelho estiver muito desgastado, velho ou o conserto ultrapassar 50% do valor de um novo, a recomendação é investir em um produto novo.
Além disso, Matheus alerta que a manutenção preventiva é uma excelente maneira de prolongar a vida útil dos eletrodomésticos. Ela pode ser feita tanto em casa quanto em uma loja especializada.
“A gente recomenda fazer uma limpeza você mesmo no aparelho, mas é uma limpeza bem superficial. Quando traz aqui para a gente, abrimos o aparelho completo e conseguimos limpar as peças dentro dele, principalmente aparelhos que juntam muita gordura, o que danifica o produto.”
Técnico avalia que obsolescência programada é ‘mito’
O mercado de eletrodomésticos está em constante evolução, com inúmeros lançamentos de produtos que prometem ser cada vez mais práticos e eficientes. Algo adquirido hoje pode ser considerado ‘ultrapassado’ daqui a seis meses, em vista de versões mais recentes e atualizadas.
Apesar deste cenário, o profissional avalia que a obsolescência programada — prática de planejar a vida útil de um produto para que ele se torne obsoleto — é mito.
Matheus relata chamar atenção nos novos produtos o fato de que, de uns anos para cá, não têm sido mais utilizados fios de cobre no motor, o que modificou seu funcionamento.
“Hoje em dia eles substituíram o fio de cobre para fio de alumínio. Acredito ser uma questão financeira, por ser mais barato. São muitas tendências do mercado, acaba que o novo surpreende muito mais do que, às vezes, a coisa que você tem há muito tempo. É financeiramente viável para eles que você compre, mas vir com ‘tempo programado’, não, isso aí é um mito”.






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