Familiares e amigos do artista visual Jonir Figueiredo, que morreu neste sábado (26), aos 73 anos, se reuniram no final da manhã deste domingo (27), para dizer um último adeus e prestar suas últimas homenagens ao artista. O velório ocorre até o início da tarde, no Centro Cultural José Octávio Guizzo.
Conforme relato da família, o artista morreu dormindo, por causas naturais. Um dia antes da morte, Jonir esteve em Bonito, onde marcou presença na abertura do 3º Festival de Cinema Sul-Americano (Bonito CineSur). Ainda no domingo da semana anterior, teria ido visitar a família, momento em que expressou profunda alegria com os novos projetos que estava em mente.
✅ Clique aqui para seguir o Jornal Midiamax no Instagram
Sobrinho do artista, Eduardo Figueiredo comentou com a imprensa sobre os últimos momentos de Jonir. “Ele mudou de residência, estava feliz com a possibilidade de poder entrar em uma outra fase, que ele falou que seria a fase mais feliz da vida dele. É um momento de muita dor pra nós, mas nós ficamos felizes por ele ter feito uma passagem serena. Ele era um homem muito espiritualista”.
Eduardo ainda destacou o legado deixado pelo tio, que amava a natureza, o Pantanal e dedicou sua vida em retratar e trazer visibilidade ao bioma sul-mato-grossense. “O Joanir Figueiredo é um patrimônio do estado do Mato Grosso do Sul, patrimônio de arte, de cultura, de se preocupar com o meio ambiente. O legado que ele deixa é de não desistir de uma linha de opinião cultural e também de ser um artista muito amoroso e gracioso. Sempre incentivando novos artistas a entrarem pro hall”, expressou.

Jonir iniciou sua vida artística na década de 70, época em que defendeu firmemente seus ideais ambientais e de preservação dos ecossistemas. Visto por muitos do cenário artístico como um homem “moderno”, “autêntico” e “inovador”.
Também sobrinha de Jonir, Renata Figueiredo compartilhou que o tio vivia uma das melhores e mais felizes fases de sua vida, e que a morte chegou de surpresa, causando impacto a todos da família pela forma repentina que aconteceu. Ela relembrou o último almoço com o tio, e destacou seu legado para a arte sul-mato-grossense.
“Ele estava cheio de projetos, cheio de sonhos. Ele levou o nome de Mato Grosso do Sul, suas obras sobre o Pantanal, sobre as queimadas, sobre a exploração do couro do jacaré, um cara que levantou bandeiras através da arte, sendo um Lorde, um cara polido, e essa é a memória que eu vou levar do meu tio, que me ensinou que é arte, e vai com certeza vai continuar ecoando por muitos anos aqui nesse estado”, destacou.
Amigo de Jonir desde a adolescência, o cenógrafo e ator de teatro Haroldo Garay se emocionou com a despedida do amigo, e aproveitou o momento para prestar sua última homenagem. Apesar da dor que ficará pela saudade, o cenógrafo destacou a autenticidade do amigo, que “irradiava luz”.
“Eu morava no Rio de Janeiro e a minha casa aqui era logo depois da casa dele. Então quando eu vinha de ônibus, eu passava primeiro na casa dele e a mãe dele me obrigava a comer. Ela tinha o maior prazer em servir alimento para os amigos. [Quando ela faleceu] eu acompanhei o cortejo até o cemitério, e lá, Jonir recitou a Prece de Cáritas para ela, e foi a minha primeira vez ouvindo, e eu nunca mais tirei da minha vida aquela prece. Então hoje, eu li para ele assim que eu cheguei”, comentou.
O velório segue até às 14h. O sepultamento está previsto para ocorrer no cemitério São Sebastião, logo após a despedida.

💬 Fale com os jornalistas do Midiamax
Tem alguma denúncia, flagrante, reclamação ou sugestão de pauta para o Jornal Midiamax?
🗣️ Envie direto para nossos jornalistas pelo WhatsApp (67) 99207-4330. O sigilo está garantido na lei.
✅ Clique no nome de qualquer uma das plataformas abaixo para nos encontrar nas redes sociais:
Instagram, Facebook, TikTok, YouTube, WhatsApp, Bluesky e Threads.