Onze noites de hospedagem em um único quarto — com casa compartilhada — custam até meio milhão de reais em Belém, no Pará. A disparada de preços causa incerteza em quem quer acompanhar os debates no maior evento global sobre mudanças climáticas. O que resta é a busca por alternativas. É o caso do grupo de ativistas sul-mato-grossenses. Três organizações se uniram para dividir os custos da viagem e representar o Pantanal de Mato Grosso do Sul na COP30.
O grupo formado pela Environmental Justice Foundation, o Instituto SOS Pantanal e o Grad (Grupo de Resposta a Animais em Desastre) conseguiu driblar os preços altos. Assim, com atuação no Pantanal, os ativistas vão representar o bioma pantaneiro na COP30.
Bióloga e ativista líder na Environmental, Luciana Leite ressaltou que a alternativa foi uma casa para 10 pessoas. “Então, a gente vai com uma representação forte na parte ambiental aqui do Estado”, explicou.
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Em plataformas de hotelaria, hospedagem para as duas semanas do evento custam até R$ 1 milhão, para duas pessoas. Contudo, os preços baixam levemente se a pesquisa incluir casas e acomodações não convencionais.
“A gente não vai ficar em hotel, pesquisamos Airbnb, plataformas de aluguel, de residências não comerciais, que para esse período estão disponíveis como hospedagem”, contou Luciana. Mesmo assim, a bióloga destacou que “os preços estavam mais elevados do que no período normal”.
No entanto, disse que “dividindo entre as organizações e considerando o número de leitos na casa, para gente ficará viável”.

Desafio da COP30
Ao Midiamax, a ativista reforçou a importância da realização da COP30 em Belém. “De fato, um passo muito ousado, mas muito transformador e muito potente. Então, [é importante] a proposta do governo brasileiro de […] levar representações do mundo inteiro para o coração da Amazônia. Porque a gente sabe que as florestas são uma grande solução contra as mudanças climáticas”, justificou.
Luciana pontuou que a Amazônia é a maior floresta tropical do planeta. Políticos e executivos de diversos países ameaçam não vir até o evento, devido aos desafios logísticos, com a alta da hospedagem.
“A gente entende que é um desafio a ser superado para que a COP seja, de fato, inclusiva, principalmente para movimentos sociais”. Neste sentido, a bióloga lembrou que “organizações têm orçamentos menores e não vão poder arcar com os custos da COP”.

Mais Belém e menos lucro
Casas e apartamentos estão à disposição para aluguel em Belém durante a COP30. O preço alto assusta e fez até o presidente da Áustria, Alexander van der Bellen, cancelar a vinda ao Brasil para a Conferência.
Motel que atendia com diária de R$ 70 mudou de nome para a Conferência e agora cobra mais de R$ 6 mil por uma noite de hospedagem. “Não falando enquanto ambientalista, mas enquanto brasileira, eu também esperava que os moradores de Belém, as pessoas que estão colocando suas casas em aplicativos, não vissem só como uma oportunidade de ganhar dinheiro”, desabafou Luciana.
Logo, a bióloga ressalta que os preços estão acima dos custos que organizações conseguem arcar. “Alguns preços — não foi o nosso caso —, mas alguns preços que estão exorbitantes, que não condizem com a realidade da cidade, nem mesmo com a realidade das delegações que virão do exterior”.
Por fim, Luciana apontou que os cidadãos da cidade poderiam ver a COP como “uma oportunidade de mostrar Belém, mostrar o Pará”.

Quais são as organizações que representam o Pantanal?
Com membros do mundo todo, a Environmental Justice Foundation busca informar sobre políticas e impulsionar reformas duradouras para proteger o meio ambiente. Além disso, defende pautas de direitos humanos.
Oficialmente criado em 2009, o Instituto SOS Pantanal atua na conservação do Pantanal. Para isso, promove o aprimoramento de políticas públicas, a divulgação de conhecimento e o desenvolvimento de projetos para o uso sustentável do bioma. “Fomentamos as transformações necessárias por meio da ciência e do diálogo com os diversos setores da sociedade civil e poder público”, define o grupo no site oficial.
Já o Grad (Grupo de Resposta a Animais em Desastres) possui 80 membros que atuam em diferentes áreas e estados brasileiros. O objetivo do grupo é promover ajuda humanitária aos animais e pessoas em circunstâncias de vulnerabilidade em desastres e comunidades isoladas.
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