Uma criança de sete anos, com microcefalia e paralisia cerebral, está há três anos na fila do SUS (Sistema Único de Saúde) por uma cirurgia no quadril. O procedimento tinha previsão para maio deste ano, no entanto, foi suspenso no Humap (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian), em Campo Grande.
A mãe, Luana Caroline Lopes, desabafa que segue na luta pelos direitos da menina desde o nascimento, em 2017. Contudo, as complicações no quadril foram diagnosticadas em 2022. O último relatório médico do hospital descreve que a paciente possui luxação nos quadris e malformação congênita no pé direito. Consequentemente, as condições dificultam a reabilitação e o controle álgico — gerenciamento e tratamento da dor.
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“Tentei [agilizar a cirurgia] procurando a Defensoria Pública, mas preciso fazer novos orçamentos de consultas, que são cobrados pelas clínicas, e não tenho dinheiro. No HU, dá para fazer a cirurgia, mas nunca tem vaga. Já estamos ficando doentes psicologicamente, porque todas as portas se fecham”, diz.
O procedimento ortopédico estava previsto para maio deste ano, entretanto, o hospital suspendeu as cirurgias eletivas diante da epidemia de SRAG (síndrome respiratória aguda grave), que provocou a ocupação dos leitos de CTI (Centro de Terapia Intensiva) e da enfermaria pediátrica. A suspensão foi necessária para evitar a contaminação das crianças no pós-operatório.
O que diz o hospital
Em nota, o Humap–UFMS/Ebserh diz que a paciente está inserida na fila de espera da Ortopedia Pediátrica. Contudo, a unidade hospitalar está em atuação permanente, realizando os procedimentos possíveis dentro de sua capacidade operacional e seguindo os critérios técnicos estabelecidos para o andamento da fila.
“Dessa forma, a convocação da paciente para a realização do procedimento ocorrerá conforme a ordem dos fluxos cirúrgicos institucionais, garantindo a equidade e a segurança assistencial. A unidade reforça que atua dentro da sua capacidade instalada, não sendo sua responsabilidade a gestão das filas e o aumento da oferta na região.”
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(Revisão: Dáfini Lisboa)