Compra de material escolar exige criatividade e estratégia de pais que querem economizar em 2025
Busca por material escolar aumentou consideravelmente nas últimas semanas
Jennifer Ribeiro –
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Para as papelarias, chegou o momento mais aguardado do ano. Com o fim do recesso, muitas famílias já estão aproveitando janeiro para orçar e comprar o material escolar dos estudantes, que muito em breve voltarão às aulas. Nas lojas, o maior movimento iniciou-se no começo da semana passada. Para os empresários, a expectativa é que as vendas permaneçam boas até fevereiro.
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Conforme Paulo Roberto Fernandes, gerente de uma papelaria na Rua Dom Aquino, dezembro foi um mês morno para o setor de material escolar, mas desde a primeira semana de janeiro os corredores da loja começaram a lotar. Tudo indica que este ano as vendas superarão as expectativas, “porque o pessoal está bem animado”.
E se esse período é de alegria para os estudantes e empresários do ramo, para os pais, é um momento que requer paciência, organização financeira e muita pesquisa.
Para Jaqueline Nere, que saiu de casa bem cedo para comprar os materiais escolares da filha, todo o processo baseia-se em muito diálogo entre as duas. A pequena, que ingressará no 5º ano em 2025, terá liberdade de apontar suas preferências, mas só levará aquilo que cabe no orçamento da família.
“Vamos reutilizar alguns materiais este ano e comprar apenas o que falta mesmo. Lápis de cor e canetas, por exemplo, compramos no meio do ano passado, então não vamos precisar levar”, explica.
Estratégias para evitar gastos excessivos com material escolar
Já Silvana Lima adotou outra estratégia para 2025. Diferente dos anos anteriores, quando levou seus dois filhos às compras, dessa vez, decidiu ir sozinha. Além de concluir a tarefa rapidamente, poderá selecionar bem os itens e economizar com gastos excessivos.
“A gente sabe que quando criança vê essas coisas se animam e querem levar tudo. Em poucos itens que a gente aceita levar, aumenta bastante o valor final. Dessa vez deixei eles com a vó e vim sozinha. Além de ver tudo com mais calma e rapidez, vou economizar”, afirma.
Vivendo na pele os desafios que muitos pais encaram neste período, a farmacêutica Laiz Rizardi decidiu se aventurar em uma nova profissão: personal shopper. Isso porque, quando empreendia em uma drogaria, “não tinha tempo para respirar, já que era muita coisa para dar conta”. Então, surgiu a ideia de auxiliar outros pais com levantamento de orçamento e compra de materiais escolares.
Missão da personal shopper
Atuando como personal shopper, Laiz tira todos pais a missão de irem atrás dos materiais escolares. É ela quem faz a pesquisa de preço, negocia descontos, compra os itens solicitados nas listas, etiqueta todos os materiais, e entrega aos clientes.
“Ao me contratar, o cliente decide se quer materiais mais simples ou elaborados. O básico, escolho na loja. Se o cliente opta por cadernos estampados, seleciono capas que ele gosta, e mando fotos para ele escolher. As únicas coisas que não compro, por serem muito pessoais, são mochilas e estojos”, aponta.
Já que a ideia é aliviar o bolso dos pais, o serviço custa R$ 100. Isso custeia o combustível do veículo que usa para realizar as pesquisas, das conferências que faz em todos os itens e até dos adesivos de identificação personalizados com o nome do aluno que ela mesma cria a arte e cola em todos os itens. O valor da compra, claro, é pago à parte.
“Se for da vontade dos responsáveis, já deixo tudo identificado e os adesivos são personalizados. Já os materiais que são enviados para a escola, coloco adesivos mais simples, porque não serão do usufruto direto do aluno”, explica.
Pagamento
Outro apontamento que Laiz faz é que os produtos não são enviados diretamente para a escola, mas sim para os pais. Dessa forma, os clientes conseguem conferir toda a compra pessoalmente.
“A maioria dos meus clientes optam por pagamento em Pix, o que é ótimo. Nos casos de pagamento por cartão de crédito, preciso selecionar lojas que emitam link de pagamento, afinal, não vai sair com cartão de outras pessoas. Aproveito sempre para tentar descontos também. Caso eu consiga, aplico isso na compra final do cliente, e não nos R$ 100 do meu serviço”, esclarece.
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