Nesta quarta-feira (9), a CG Solurb Soluções Ambientais — empresa responsável pela gestão da limpeza urbana e o manejo de resíduos sólidos de Campo Grande — disse ao Midiamax que o pedido de reajuste de 15% solicitado pelos trabalhadores da concessionária “é completamente fora da realidade”.
A empresa informou que o valor solicitado “supera em muito os percentuais de reajuste aplicados nacionalmente e o próprio índice de aumento do salário mínimo”. Segundo a Solurb, a aplicação do percentual é “inviável e comprometeria o equilíbrio financeiro da concessionária”.
Enquanto a empresa descarta o pedido dos funcionários, o presidente do STEAC/MS (Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Asseio e Conservação de Mato Grosso do Sul), Ton Jean Ramalho, reforça que a definição do percentual ocorreu com base em um levantamento interno realizado pelo sindicato junto à categoria.
No início da tarde, o presidente do STEAC/MS afirmou que a Solurb iniciou as negociações com uma proposta de 6%, elevando para 7% após uma segunda rodada de conversas e que a empresa teria possibilidade de chegar a 7,5%. Informação negada pela concessionária.
À reportagem, a Solurb afirma que “desconhece a origem da informação que menciona um índice de 7,5%”. A concessionária também garante não ter cogitado o percentual durante as negociações.
Aquisição de caminhões
O presidente do STEAC/MS também ressaltou que a empresa dá continuidade a compras de caminhões, enquanto alega falta de recursos para atender a categoria.
Sobre isso, a Solurb justifica que a compra de novos veículos se deve ao “cumprimento de cláusulas contratuais previstas no contrato de concessão, essenciais para assegurar a continuidade e a qualidade dos serviços prestados à população”.
Atualmente, mais de mil colaboradores atuam no serviço de limpeza urbana de Campo Grande, entre coletores de lixo, motoristas, porteiros, serventes de aterro sanitário e profissionais de varrição, capina e conservação.
As negociações de reajuste salariais começaram em junho — mês da data-base da categoria. Até o momento, não houve acordo entre a empresa e os trabalhadores.
Risco de paralisação?
Apesar do impasse nas negociações, o sindicato garante que os direitos da categoria estão assegurados. “Qualquer reajuste acordado será retroativo a junho, respeitando a data-base”, diz Ton.
Questionado sobre uma possível interrupção dos serviços, o sindicato informou que, a princípio, não há previsão de paralisação. No entanto, caso a categoria delibere por greve em assembleia, o procedimento seguirá todos os trâmites legais. Isso inclui aviso prévio de 72 horas e protocolo nos órgãos competentes, a fim de minimizar os impactos à população.
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