Um ‘combo climático’ deve mudar o tempo de Mato Grosso do Sul a partir deste domingo (27) e pode trazer de volta as chuvas para o Estado. O fim de julho deve registrar temperaturas abaixo dos 10ºC.
Conforme o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), essas novas instabilidades estão associadas à aproximação e avanço de uma frente fria, que forma um combo ao transporte de calor e umidade proveniente do norte do país.
Isso tudo com presença de uma área de baixa pressão sobre o Paraguai e o deslocamento de cavados, que também favorecem a formação de nuvens carregadas sobre MS.
Esse cenário contraria os últimos dias, quando predominava a atuação de um sistema de alta pressão atmosférica, que inibia a formação de nuvens e impede a ocorrência de chuvas.
Temperaturas
Além disso, temperaturas tendem a cair. As mínimas ficam entre 13°C e 18°C e as máximas entre 18°C e 32°C nas regiões sul, cone-sul e grande Dourados. No sudoeste e no Pantanal, os termômetros registram mínimas entre 15°C e 23°C e máximas que podem chegar a 34°C.
Nas regiões norte, bolsão e leste, as mínimas variam entre 17°C e 20°C e as máximas entre 28°C e 35°C. Em Campo Grande, são esperadas mínimas entre 17°C e 21°C e máximas entre 27°C e 32°C.
Os ventos, que inicialmente atuam do quadrante norte, devem mudar para o quadrante sul ao longo da segunda-feira, com intensidade entre 40 e 60 km/h e possibilidade de rajadas mais intensas.
Frio mais intenso no fim de julho
Com o avanço da massa de ar frio pós-frontal, entre os dias 29 e 30 de julho, o Cemtec espera as menores temperaturas do período. As mínimas podem variar entre 8°C e 12°C nas regiões sul, sudeste e sudoeste do Estado, com possibilidade de registros pontuais ainda mais baixos, entre 5°C e 7°C.
Segundo a meteorologista, o inverno de 2025 tem se mostrado mais intenso que o de 2024 em Mato Grosso do Sul. Isso porque houve episódios de frio mais frequentes e abrangentes, com quedas acentuadas de temperatura, especialmente em junho e julho, além de avanço de frente frias mais ativas.
Tanto que, no comparativo com os últimos cinco anos, o inverno de 2025 pode ser considerado um dos mais intensos, ocupando a segunda posição, atrás, apenas, do inverno de 2021, que foi marcado por fortes massas de ar polar e recordes de temperaturas mínimas.
Prognóstico de agosto e setembro
Segundo o Cemtec, a tendência climática indica um inverno com irregularidades nas chuvas, em que podem ficar abaixo ou acima da média histórica, durante agosto e setembro de 2025.
Já a temperatura do ar deve permanecer acima da média para o período, ou seja, há previsão de um trimestre mais quente que o normal em Mato Grosso do Sul.
No entanto, independentemente de a previsão mostrar um trimestre com temperaturas acima da média, haverá a atuação de massas de ar frio que devem favorecer queda acentuada nas temperaturas, com valores próximos aos 0-3°C.
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