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Cotidiano

Com o estoque abastecido, nova insulina produzida no Brasil não tem previsão para chegar a MS

Produção de insulina foi retomada no país após 20 anos
Karina Campos -
insulina
Produção da nova insulina 100% brasileira (Walter Rosa, Ministério da Saúde)

Após 20 anos de produção suspensa no Brasil, as doses de insulina voltam a ser produzidas no país. A fábrica da Biomm, localizada no município de Nova Lima, em Minas Gerais, está com o primeiro lote pronto desde a última sexta-feira (11). Contudo, ainda não tem previsão de recebimento do medicamento 100% nacional, já que o estoque de insulina está abastecido no Estado.

Ao Jornal Midiamax, o Ministério da Saúde explicou que, atualmente, todos os estados estão abastecidos com insulina, que são provenientes de outros fornecedores.

Logo, as insulinas recebidas de produção por meio da PDP (Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo) serão encaminhadas aos estados de forma progressiva e coordenada, em articulação com as Secretarias Estaduais de Saúde, de acordo com a necessidade de cada território.

Ainda conforme a pasta, a logística para a distribuição não está difundida por conta dos estoques que estão abastecidos.

100% nacional

A produção é feita com a tecnologia da farmacêutica indiana Wockhardt, sendo viabilizada pelo laboratório público Funed (Fundação Ezequiel Dias) e pela brasileira Biomm.

A fábrica entregou 207.385 mil unidades do medicamento, sendo 67.317 frascos de insulina regular e 140.068 de insulina NPH (Neutral Protamine Hagedorn).

Após a transferência total da tecnologia, o Brasil produzirá 50% da demanda relacionada às insulinas NPH e regular no SUS (Sistema Único de Saúde), ou seja, cerca de 45 milhões de doses anuais.

Foram investidos R$ 142 milhões na aquisição da tecnologia para beneficiar cerca de 350 mil pessoas com diabetes no país. Os contratos preveem a entrega para a rede pública de 8,01 milhões de unidades de insulina, entre frascos e canetas, em 2025 e 2026.

A iniciativa integra a Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde. A medida é fundamental para reduzir a dependência externa na aquisição do medicamento essencial ao tratamento de pacientes com diabetes atendidos pela rede pública.

A partir dessa aquisição inicial, tem início o processo de transferência de tecnologia, conforme previsto nas diretrizes da PDP. Ao final da transferência, a produção do medicamento será totalmente brasileira, com a Funed e a Biomm plenamente capacitadas para fabricar o medicamento no país e abastecer o SUS de forma autônoma.

Nas PDPs, instituições públicas e empresas privadas compartilham responsabilidades para a produção nacional do IFA (insumo farmacêutico ativo) e do produto objeto de PDP, em um processo de transferência de tecnologia reversa.

A transferência é efetivada por meio de etapas que incluem a realização de embalagens, controle de qualidade dos insumos, produção do produto acabado e do Insumo Farmacêutico Ativo no Brasil, possibilitando, assim, a produção local do medicamento que será fornecido ao SUS.

Além das insulinas NPH e regular, o Ministério da Saúde aprovou, no início de 2025, uma PDP para a produção nacional de insulina glargina. O projeto reúne Bio-Manguinhos (Fiocruz), Biomm e a farmacêutica chinesa Gan & Lee, com previsão inicial de produzir 20 milhões de frascos, para abastecimento do SUS. O medicamento será destinado ao tratamento de pacientes com diabetes mellitus tipos 1 e 2.

Saga com a falta de insulina

Pacientes que utilizam insulina enfrentaram uma verdadeira saga diante da falta de frascos do medicamento. Em , no início de 2025, postos de saúde indicavam a ausência do remédio.

Como alternativa para não prejudicar os pacientes em uso, a estratégia adotada foi fornecer a apresentação caneta, até a completa regularização do abastecimento da insulina regular frasco, entretanto, até o presente momento a situação não foi regularizada por parte do Ministério.

Na época, a (Secretaria Municipal de Saúde) havia informado que Ministério da Saúde emitiu um ofício circular, em agosto de 2024, explicando a falta da importação de insumos, vem sofrendo um desabastecimento nacional gradativo.

Logo, em junho deste ano, a pasta confirmou a completa regularização dos estoques com o fornecimento do insumo.

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