O número de mortes decorrentes de doenças respiratórias saltou para 94, em Campo Grande. São oito novos registros desde a segunda-feira (5), quando o painel de monitoramento da saúde mostrava 82 óbitos.
Nesta terça-feira (6), os números são maiores e revelam 15 mortes registradas na última semana de abril. E outras seis, nos primeiros dias de maio, conforme informações do painel da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).
As mortes se concentram entre os idosos. São 57 óbitos registrados só este ano, em Campo Grande, de pessoas com 60 anos ou mais. Pessoas entre 30 e 59 anos somam 26 mortes e crianças, 9 óbitos.
O número de casos também cresceu, chegando a 1.143. São 87 novos casos inseridos no painel nas últimas 24 horas. Importante lembrar que para entrar para estatística de doença respiratória, os casos dependem do resultado de exames laboratoriais.
O vírus sincicial respiratório e a influenza A, são os que mais têm causado as síndromes respiratórias. Para tentar frear a curva, a vacinação está liberada para toda a população, nas 69 unidades de saúde de Campo Grande.
Novos leitos abertos
Diante do surto de gripe e superlotação de UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que serão abertos 20 leitos no Hospital do Câncer Alfredo Abrão, 12 leitos no Hospital São Julião e 30 leitos no Hospital Adventista do Pênfigo, sendo todos eles destinados a adultos. Para ativação destes leitos, o Município aguarda apenas resposta do Governo do Estado através de ofício. Há fila de espera para internação de 260 pacientes, entre adultos e crianças.
Nesta segunda-feira (5), a secretária de Saúde, Rosana Leite, informou que as UPAs Almeida e Coronel Antonino estão com atendimento pediátrico 24 horas para reforçar o pronto atendimento infantil. Contudo, para os pacientes adultos, a prefeitura negocia 30 leitos em unidades particulares.
“Nosso Pronto Atendimento Infantil virou um hospital, praticamente, para as crianças. Como nós estamos com déficit de leitos, o manejo clínico de lá, temos fisioterapia, isso tem melhorado. Para os adultos, vamos ampliar mais leitos, aproximadamente 30 leitos, no Hospital do Câncer e do Pênfigo. Nós ainda estamos em alerta, principalmente nas próximas cinco semanas. Por isso, antecipamos a liberação de toda a vacinação na tentativa de frear a contaminação para todo o público.”
Situação de Emergência
Há quase um ano, em 30 de abril de 2024, Campo Grande decretava situação de emergência na saúde diante do déficit de leitos pediátricos. O decreto foi publicado em edição extra do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande), no último sábado. Conforme boletim epidemiológico da SES (Secretaria Estadual de Saúde), Mato Grosso do Sul registrou 1.940 hospitalizações por SRAG neste ano e 27 mortes.
Durante o encontro, foi informado que nenhum hospital da rede privada dispõe ou tem capacidade de ampliar leitos para atender a demanda do SUS (Sistema Único de Saúde), especialmente para UTI (Unidade de Terapia Intensiva) pediátrica.
Conforme a titular da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Rosana Leite, a medida irá permitir que o Executivo adote estratégias operacionais para melhorar o atendimento à população.
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