Mato Grosso do Sul consolida sua posição como um dos principais polos da produção agropecuária nacional. Em 2024, o Estado teve bons resultados na maioria dos setores pesquisados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e contribuiu para bom desempenho nacional.
A pesquisa trimestral do IBGE revela que Mato Grosso do Sul registrou um crescimento no abate de bovinos, suínos e frangos, contribuindo para recordes históricos nacionais. No 4° trimestre de 2024, o Estado também se destacou na produção de leite, com uma recuperação, e na indústria do couro, ao ocupar a segunda posição no ranking nacional de recepção de peles.
Alta de quase meio milhão no abate de bovinos em MS

Em 2024, abate de bovinos atinge o maior resultado obtido no histórico da pesquisa realizada pelo IBGE. Ao todo, o Brasil contabilizou o abate de 39,27 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária, com aumento de 15,2% frente ao ano anterior.
O crescimento foi impulsionado pelo aumento do abate de fêmeas, que registrou alta pelo terceiro ano consecutivo, e pelas exportações recordes de carne bovina in natura, que atingiram 2,55 milhões de toneladas.
Mato Grosso do Sul contribuiu significativamente para o recorde, com um aumento de 456,87 mil cabeças abatidas. O Estado figura entre os seis com maior crescimento no abate de bovinos, ao lado de Mato Grosso (+1,14 milhão de cabeças), Minas Gerais (+670,26 mil cabeças), São Paulo (+558,61 mil cabeças), Pará (+551,44 mil cabeças) e Goiás (+472,65 mil cabeças).
No entanto, a única queda registrada ocorreu no Rio Grande do Sul (-153,50 mil cabeças). Além disso, o estado vizinho, Mato Grosso se manteve como líder nacional no abate de bovinos, com 18,1% da participação, seguido por Goiás e São Paulo, ambos com 10,2%.
No quarto trimestre de 2024, foram abatidas 9,56 milhões de cabeças de bovinos, um aumento de 4,4% em relação ao mesmo período de 2023. As exportações continuaram impulsionando o setor, com um crescimento de 20,3% e recordes de 700,92 mil toneladas exportadas.
Em 2024, MS abateu 7,17 milhões a mais de cabeças de frango

O setor avícola brasileiro celebrou um novo recorde em 2024, com o abate de 6,46 bilhões de cabeças de frango, um aumento de 2,7% em relação a 2023. Mato Grosso do Sul teve um papel crucial nesse resultado, com um incremento de 7,17 milhões de cabeças.
Ao lado de outros 18 estados, MS obteve uma participação acima de 10,% e figura na 7ª posição entre os estados com maior crescimento no abate de frangos, atrás de Paraná (+53,28), Santa Catarina (+51,92 milhões), São Paulo (+40,21 milhões), Mato Grosso (+20,13 milhões), Minas Gerais (+13,84 milhões) e Goiás (+12,60 milhões).
Apenas o Rio Grande do Sul registrou queda, -49,91 milhões de cabeças. Entre os estados que compõem o ranking nacional, o Paraná lidera com 34,2% de participação nacional, seguido por Santa Catarina (13,8%) e logo em seguida por Rio Grande do Sul (11,4%), que se mantém na 3ª posição mesmo com a queda.
Além disso, o mês de abril de 2024 registrou a maior alta mensal (+73,46 milhões de cabeças), enquanto março apresentou a maior queda (-52,40 milhões de cabeças). As exportações de carne de frango in natura também alcançaram recordes históricos, impulsionando o setor.
No quarto trimestre de 2024, foram abatidas 1,62 bilhão de cabeças de frango, um aumento de 5,5% em relação ao mesmo período de 2023. Apesar da queda de 1,1% em relação ao terceiro trimestre de 2024, o resultado representa o melhor quarto trimestre da série histórica, iniciada em 1997.
Mato Grosso do Sul impulsiona recorde no abate de suínos em 2024

O abate de suínos no Brasil alcançou um novo recorde em 2024, com 57,86 milhões de cabeças, um aumento de 1,2% em relação a 2023. Dentre os estados que impulsionaram esse resultado, Mato Grosso do Sul se destacou com um aumento de 64,29 mil cabeças.
O estado sul-mato-grossense, ao lado de outros 13 estados, contribuiu significativamente para o recorde nacional. O mês de abril de 2024 registrou a maior alta mensal (+666,86 mil cabeças), evidenciando o crescimento do setor. As exportações de carne suína in natura também alcançaram recordes históricos, impulsionando ainda mais o setor.
Com um aumento de 64,29 mil cabeças, Mato Grosso do Sul figura entre os estados com maior crescimento no abate de suínos. MS figura atrás apenas do Paraná (+281,36 mil cabeças), Rio Grande do Sul (+189,56 mil cabeças) e Minas Gerais (+149,62 mil cabeças), conforme a pesquisa.
Em contrapartida, Mato Grosso (-24,35 mil cabeças) e Santa Catarina (-14,18 mil cabeças) registraram quedas no abate. Apesar do recuo, Santa Catarina se manteve como líder no abate de suínos em 2024, com 29,1%.
Conforme a pesquisa, no quarto trimestre de 2024, o abate de suínos somou 14,28 milhões de cabeças. O resultado é 0,9% maior que o mesmo período de 2023. Apesar da queda de 4,6% em relação ao terceiro trimestre de 2024, o resultado representa o melhor quarto trimestre da série histórica, iniciada em 1997.
Produção de leite em MS se recupera, mas ainda não atinge patamar de 2023
A produção de leite em Mato Grosso do Sul registrou 30,292 milhões de litros no quarto trimestre de 2024 (outubro, novembro e dezembro). Os números representam uma recuperação de 33% em relação ao trimestre anterior (julho, agosto e setembro), quando o Estado teve uma produção estimada em 22,749 milhões de litros.
Apesar da recuperação, o total registrado em MS ainda está 16% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado. No 4° trimestre de 2023, MS contabilizou 36,275 milhões de litros.
No quarto trimestre de 2024, a aquisição de leite cru pelos estabelecimentos que operam sob algum tipo de inspeção sanitária foi de 6,79 bilhões de litros no Brasil. O número corresponde a aumento de 4,6% em relação ao quarto trimestre de 2023 e um aumento de 4,5% em comparação com o trimestre anterior.
Panorama nacional
Em 2024, os laticínios que operam sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária captaram 25,38 bilhões de litros. Ou seja, um aumento de 3,1% em relação a 2023. Com esse resultado, 2024 marca o segundo ano de crescimento na aquisição de leite, após um período de dois anos de quedas consecutivas. A aquisição deste ano é a segunda maior da série histórica, ficando atrás apenas do recorde de 25,64 bilhões de litros observado em 2020.
Na comparação mensal, todos os meses apresentaram variação positiva em relação a 2023, com o maior aumento registrado em dezembro (+152,11 milhões de litros). Ao longo de 2024, o preço médio do litro de leite adquirido foi de R$ 2,61. Um aumento de 7% em relação ao preço médio de 2023 (R$ 2,44). Além do aumento dos preços ao longo do ano, os laticínios registraram um aumento ainda maior entre os quartos trimestres de 2023 e 2024. Em um ano, passou de R$ 2,10 para R$ 2,76, um aumento de 31,4%.
Houve um aumento de 773,35 milhões de litros de leite em nível nacional no comparativo entre 2024 e 2023. De acordo com o levantamento, essa alta se deve ao volume captado em 15 das 26 unidades da federação participantes da Pesquisa Trimestral do Leite. A maior variação positiva absoluta ocorreu em Minas Gerais (441,07 milhões de litros). Na sequência, aparecem o Paraná (257,62 milhões de litros) e Santa Catarina (93,42 milhões de litros).
No entanto, 11 estados registraram queda. Entre as mais expressivas estão Rio Grande do Sul (-54,26 milhões), São Paulo (-50,92 milhões) e Rondônia (-22,91 milhões).
Além disso, Minas Gerais lidera o ranking de aquisição de leite, com 24,9% da captação nacional, seguido por Paraná (15,4%) e Santa Catarina (13,0%).
Mato Grosso do Sul se destaca no mercado de couro, mas Goiás lidera ranking

Em 2024, Mato Grosso do Sul consolidou sua posição como um dos principais polos de recepção de peles para curtumes no Brasil. Alcançando o segundo lugar no ranking nacional. Com uma participação de 12,3%, o Estado ficou atrás apenas de Goiás, que liderou o segmento com 17,6%.
Os dados da Pesquisa Trimestral do Couro do IBGE revelam um crescimento significativo na produção nacional. Os curtumes investigados declararam ter recebido 40,08 milhões de peças inteiras de couro cru bovino, um aumento de 16,8% em relação ao ano anterior. O mês de abril registrou a maior variação positiva, com um crescimento de 32,4%.
Em 2024, o aumento de 5,77 milhões de peças inteiras de couro em nível nacional foi impulsionado pelo incremento no recebimento de peles bovinas em 13 das 17 unidades da federação participantes da pesquisa. Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul estão entre os estados com as variações positivas mais expressivas, com aumentos de 690,8 mil, 672,1 mil e 347,6 mil peças, respectivamente. O Rio Grande do Sul, por outro lado, registrou a maior redução, com uma queda de 33,86 mil peças.
No quarto trimestre de 2024, os curtumes analisados pelo IBGE receberam 9,95 milhões de peças inteiras de couro cru bovino, um aumento de 11,2% em relação ao mesmo período de 2023 e uma queda de 5,7% em relação ao terceiro trimestre de 2024.
Em Mato Grosso do Sul, o total registrado no quarto trimestre foi de 1.204.196 peças, com o mês de outubro registrando o maior volume (425.779 peças), seguido por novembro (388.060 peças) e dezembro (390.357 peças).
Produção de ovos no Brasil bate recorde em 2024

Alimento essencial na mesa dos brasileiros, a produção de ovos de galinha no Brasil alcançou a marca de 4,67 bilhões de dúzias em 2024, um aumento de 10,0% em relação ao ano anterior, consolidando um novo recorde na série histórica. Embora a pesquisa não apresente dados específicos sobre Mato Grosso do Sul, o panorama nacional revela um setor avícola em expansão, impulsionado por diversos fatores.
O aumento nos preços de outras proteínas, como a carne bovina, e a alta demanda interna e externa aquecida impulsionaram o setor. Além disso, o crescimento do setor de frango de corte influenciou diretamente a produção de ovos para incubação.
Em termos nacionais, o aumento de 423,72 milhões de dúzias de ovos em 2024 foi resultado do crescimento da produção em 25 das 26 unidades da federação com granjas incluídas na pesquisa. Apenas o Maranhão registrou decréscimo. Os maiores aumentos foram observados em São Paulo (+92,37 milhões de dúzias), Minas Gerais (+80,23 milhões de dúzias), Pernambuco (+69,74 milhões de dúzias) e Espírito Santo (+35,61 milhões de dúzias).
São Paulo manteve a liderança na produção de ovos, com 26,0% da produção nacional, seguido por Paraná (9,8%), Minas Gerais (9,7%) e Espírito Santo (8,0%). Em 2024, a maioria das granjas (53,7%) produziu ovos para consumo, respondendo por 82,1% do total, enquanto 46,3% das granjas produziram ovos para incubação, representando 17,9% do total.
No quarto trimestre de 2024, a produção de ovos atingiu 1,2 bilhão de dúzias, um aumento de 12,4% em relação ao mesmo período de 2023 e um crescimento de 0,2% em relação ao trimestre anterior. O quarto trimestre de 2024 registrou a maior produção do ano e a maior quantidade já estimada pela pesquisa.
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