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Cotidiano

Com aumento de combustíveis, empresas de fretes e mudanças tentam adaptar atendimento à população

Atendendo Campo Grande e região, à reportagem do Jornal Midiamax, empresários relataram os percalços enfrentados neste momento
Schimene Weber -
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Empresas que trabalham com mudança e frete vêm sofrido com novos valores nas bombas de combustível (IA, Canva)

Com o aumento do diesel e da gasolina, que passou a valer desde o dia 1º de fevereiro de 2025, em todo o País, conforme noticiou o Jornal Midiamax, o bolso não pesou somente no motorista de utilitários ou no bolso dos motociclistas. Uma categoria que vem sofrido, e muito, com os recentes aumentos, é a dos trabalhadores de frete e mudança.

Equipe de reportagem entrou em contato com dois trabalhadores do ramo: Thiago Rios Gonzaga Finotti, de 40 anos, proprietário da TR Entregas; e Anderson dos Santos, de 41 anos, proprietário da Fretes Ponce. Atendendo Campo Grande e região, à reportagem do Jornal Midiamax, ambos relataram os percalços enfrentados neste momento.

Finotti, de voz tranquila, dirige a TR Entregas e disse que tem tentado, da melhor forma possível, não repassar os aumentos aos seus contratantes. “Parece uma situação simples: ou eu repasso, ou absorvo. Só que, se eu repassar, a tendência é que eu faça menos atendimento. Se eu não repasso, e mantenho as operações, o prejuízo vai ficar comigo. No fim, eu tenho mais custo a ser bancado”, explicou à reportagem.

Quando o cliente é antenado ao mundo, entretanto, Finotti explica que a situação é diferente. “O cliente entendendo a propaganda, sabendo dos custos, fica mais fácil de negociar. Mas negociar em qual sentido? Eu tento, dentro das minhas possibilidades, fazer um preço melhor pra ele – que não vai deixar nenhum de nós no completo prejuízo. Então, o que eu faço, é o seguinte… Estou tentando usar frete ‘casado’. Pegar fretes na mesma região. Assim, eu diminuo o combustível, diminuo a manutenção… Procuro, então, estar na região certa e, também, no momento certo. Assim, eu consigo intercalar os atendimentos. Dessa forma, eu consigo economizar”, resumiu.

“Aumento foi grande e eu não tive saída”

Anderson dos Santos, proprietário da Fretes Ponce, disse que segurou o máximo possível – entretanto, o aumento teve que ser repassado à clientela. “Até o mês passado, eu não repassei aumento nenhum para os clientes. Mas, agora, o aumento foi muito grande. Eu uso o Diesel S500. Está em um valor sem condições. Não teve jeito. Além disso, agora, as peças também ficarão mais caras. É impossível, agora, assumir esses custos sozinho”, relatou.

O proprietário da Fretes Ponce, ainda, relatou que está tentando viver de acordo com as possibilidades. “Eu ainda tento manter um valor baixo, mas nem perto do que costumava ser. Fazer os meus fretes menores, dentro da cidade. Antes, eu cobrava R$ 170,00, agora preciso cobrar R$ 200,00. Foi um acréscimo alto. Mas não é por vontade própria, é porque o mercado exigiu. Quem sofre, no fim das contas, é o consumidor. Por fim, a gente precisa passar esses valores pra eles”, disse.

Aumento anunciado

O ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) estadual, cobrado sobre gasolina e diesel, ficará mais caro a partir do próximo sábado, dia 1º de fevereiro, em todo o País. O valor elevado por litro de gasolina será de R$ 0,10, enquanto o tributo sobre o diesel será elevado em R$ 0,06. Não está prevista mudança na tributação do etanol. A decisão foi tomada em outubro do ano passado, pelo Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária).

À época, em nota publicada pelo Conselho, Estados se pronunciaram. “Esses ajustes refletem o compromisso dos Estados em promover um sistema fiscal equilibrado, estável e transparente, que responda adequadamente às variações de preços do mercado e promova justiça tributária”, informava o texto divulgado quando o aumento foi definido.

Segundo o Confaz, a partir de sábado, a seguinte alíquota será praticada:

  • Gasolina: R$ 1,47 por litro;
  • Diesel: R$ 1,12 por litro.
gasolina
Ilustrativa – Posto de combustível (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax).

A decisão de repassar ou não o aumento de tributos cabe aos postos de combustíveis. Geralmente, os reajustes de ICMS são repassados aos consumidores finais, que sentem no bolso o aumento dos valores.

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