Com acúmulo de lixo e pesca predatória, PMA fecha trilha de cachoeira de Amambai

Cachoeira do Salto Pirapó é conhecida concentração natural de diversas espécies de peixes e vulneráveis à ação predatória

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cachoeira
PMA reforça orientação para agendamento da visitação (Divulgação, PMA)

Uma equipe da 2ª Companhia de Polícia Militar Ambiental de Naviraí fechou uma trilha irregular de acesso à Cachoeira do Salto Pirapó, situada no rio Amambai, no município de Amambai, a 354 quilômetros de Campo Grande. Denúncias identificaram que o trecho estava com acúmulo de lixo e favorecendo a pesca predatória. Entretanto, o fechamento desagradou banhistas da região.

Em nota, a equipe relatou que notou a abertura irregular de uma trilha clandestina, permitindo o acesso direto à cachoeira de forma não autorizada. Isso, porque a população estaria acessando irregularmente para, principalmente, burlar a fiscalização ambiental.

Desta forma, facilitando a prática de pesca predatória e outras infrações ambientais, como despejar lixo e supressão da vegetação nativa. Ainda conforme a PMA, isso favorece incêndios florestais, devido ao uso indevido de fogueiras nas margens do rio.

Também segundo a PMA, a região é um ponto de concentração natural de diversas espécies de peixes, o que as tornam vulneráveis à ação predatória. Sendo assim, as equipes intensificaram a fiscalização ambiental para coibir tais práticas e assegurar o cumprimento da legislação vigente.

Agendamento para visitação

“Com o objetivo de garantir a proteção da área, essa trilha foi devidamente fechada, mantendo-se o acesso exclusivamente pelo portão principal, onde os visitantes podem entrar de forma regulamentada e sob acompanhamento da equipe policial. Reforçamos que não há qualquer impedimento para visitas do público civil com a finalidade de contemplação da natureza, desde que respeitadas as normas ambientais e de segurança”, diz o comunicado.

Assim, a orientação é de agendamento para as visitas, possibilitando a realização de orientações educativas sobre preservação ambiental. Equipe de Saúde do município também utiliza o local regularmente, para promover atendimentos médicos à comunidade nas dependências da unidade.

Revolta de banhistas

A situação desagradou banhistas que frequentam o espaço. Segundo um morador, o acesso teria sido fechado apenas para banhistas com veículos, entretanto, o uso da sede de uma fazenda do Governo Federal.

“A casa dessa fazenda ficou para o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), que cedeu para PMA, mas usam para receber autoridades, prefeitos, vereadores, só amigos para a polícia. Ninguém da população sabe o motivo do fechamento. É um patrimônio da União, querem transformar em algo privado, para ter controle”.

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Mosquito Aedes aegypti. (Foto: Arquivo Midiamax)