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Cotidiano

Com 7,5 milhões de desempregados, taxa de desocupação sobe 6,8% no Brasil

O número de trabalhadores desempregados se refere ao trimestre encerrado em fevereiro de 2025
Lethycia Anjos -
Fila para cadastro no Primt (Henrique Arakaki/Jornal Midiamax)

O número de pessoas desempregadas no Brasil subiu 6,8% no trimestre encerrado em fevereiro de 2025. Os números correspondem a um aumento de 0,7 ponto percentual (p.p.) em comparação com o trimestre anterior (6,1%). No entanto, houve uma queda de 1,1 p.p. em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (7,8%).

Os dados da PNAD Contínua, divulgados nesta sexta-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostram que a população desocupada aumentou 10,4% (mais 701 mil pessoas) no trimestre. No entanto, teve recuo de 12,5% (menos 1,1 milhão de pessoas) em relação ao ano anterior. Atualmente, 7,5 milhões de pessoas estão desempregadas no país.

102,7 milhões de pessoas empregadas

Em contrapartida, a população ocupada, que soma 102,7 milhões de pessoas, caiu 1,2% (menos 1,2 milhão de pessoas) no trimestre, mas registrou um crescimento de 2,4% (mais 2,4 milhões de pessoas) no ano. O nível de ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi de 58,0%, ou seja, uma queda de 0,8 p.p. no trimestre (58,8%) e um crescimento de 0,9 p.p. no ano (57,1%).

A taxa composta de subutilização da força de trabalho ficou em 15,7%, com um aumento de 0,4 p.p. em relação ao trimestre anterior (15,2%) e uma queda de 2,1 p.p. em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (17,8%). Já a população subutilizada, que soma 18,3 milhões de pessoas, cresceu 2,8% (mais 491 mil pessoas) no trimestre, mas recuou 11,5% (menos 2,4 milhões de pessoas) no ano.

A população subocupada por insuficiência de horas foi de 4,5 milhões. Os números apresentaram uma queda de 10,9% (menos 557 mil pessoas) no trimestre e uma redução de 10,7% (menos 542 mil pessoas) no ano. A população fora da força de trabalho (66,9 milhões) cresceu 1,4% (mais 902 mil pessoas) no trimestre e permaneceu estável no ano. Já a população desalentada (3,2 milhões) aumentou 6,9% (mais 208 mil pessoas) no trimestre, mas caiu 11,8% (menos 435 mil pessoas) no ano. O percentual de desalentados foi de 2,9%, com um aumento de 0,2 p.p. no trimestre e uma queda de 0,4 p.p. no ano.

Setor privado

No setor privado, o número de trabalhadores chegou a 53,1 milhões, após uma queda de 0,8% (menos 440 mil pessoas) no trimestre, mas obteve um aumento de 3,5% (mais 1,8 milhão de pessoas) no ano. O número de empregados com carteira assinada no setor privado(excluindo trabalhadores domésticos) alcançou um novo recorde, com 39,6 milhões de pessoas, registrando um aumento tanto no trimestre (1,1%, ou mais 421 mil pessoas) quanto no ano (4,1%, ou mais 1,6 milhão de pessoas). Além disso, o total de empregados sem carteira assinada no setor privado ficou em 13,5 milhões, uma queda de 6,0% (menos 861 mil pessoas) no trimestre, mas estabilidade no ano.

O número de empregados no setor público foi de 12,4 milhões, com uma queda de 3,9% (menos 496 mil pessoas) no trimestre, mas um aumento de 2,8% (mais 334 mil pessoas) no ano.

Em relação aos trabalhadores por conta própria, a taxa ficou em 25,9 milhões e permanece estável no trimestre, com crescimento de 1,7% (mais 434 mil pessoas) no ano. Já o número de trabalhadores domésticos foi de 5,7 milhões, com uma queda de 5,0% (menos 300 mil pessoas) no trimestre e uma redução de 3,7% (menos 219 mil pessoas) no ano.

A taxa de informalidade representa 38,1% da população ocupada, ou 39,1 milhões de trabalhadores informais, comparado a 38,7% (ou 40,3 milhões) no trimestre encerrado em novembro de 2024 e 38,7% (ou 38,8 milhões) no trimestre encerrado em fevereiro de 2024.

Rendimento dos trabalhadores

O rendimento real habitual de todos os trabalhos ficou em R$ 3.378. O aumento ocorreu tanto no trimestre (1,3%) quanto no ano (3,6%), maior valor registrado desde o início da série histórica em 2012. Conforme a pesquisa, a massa de rendimento real habitual chegou a R$ 342,0 bilhões, um novo recorde. Contudo, permaneceu estável no trimestre, mas cresceu 6,2% (mais R$ 20,0 bilhões) no ano.

A força de trabalho (pessoas ocupadas e não ocupadas) no trimestre de dezembro de 2024 a fevereiro de 2025 foi estimada em 110,1 milhões de pessoas. Os números representam uma redução de 0,5% (menos 539 mil pessoas) em relação ao trimestre de setembro a novembro de 2024, mas com um aumento de 1,2% (mais 1,4 milhão de pessoas) em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior.

Setor de construção perdeu 310 mil trabalhadores

Em comparação com o trimestre de setembro a novembro de 2024, não houve crescimento em nenhum grupamento de atividade. Entretanto, houve uma redução nos grupamentos de Construção (-4,0%, ou menos 310 mil pessoas). Em seguida aparece a Administração Pública, Defesa, Seguridade Social, Educação, Saúde Humana e Serviços Sociais (-2,5%, ou menos 468 mil pessoas). Por fim, Serviços Domésticos (-4,8%, ou menos 290 mil pessoas).

Em comparação com o trimestre de dezembro de 2023 a fevereiro de 2024, houve aumento nos grupamentos de Indústria Geral (3,2%, ou mais 409 mil pessoas), Comércio, Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (3,6%, ou mais 690 mil pessoas), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (3,5%, ou mais 447 mil pessoas) e Administração Pública, Defesa, Seguridade Social, Educação, Saúde Humana e Serviços Sociais (4,1%, ou mais 717 mil pessoas). O grupamento de Serviços Domésticos teve uma redução de 3,6% (menos 216 mil pessoas).

Rendimento Médio

O rendimento médio mensal real habitualmente recebido no trabalho principal aumentou em três categorias em comparação com o trimestre anterior. Na Indústria (2,8%, ou mais R$ 89), Administração Pública, Defesa, Seguridade Social, Educação, Saúde Humana e Serviços Sociais (3,1%, ou mais R$ 139) e Serviços Domésticos (2,3%, ou mais R$ 29). Frente ao mesmo trimestre de 2024, o rendimento médio aumentou em Construção (5,4%, ou mais R$ 135) e Serviços Domésticos (3,1%, ou mais R$ 39). As demais categorias não apresentaram variações significativas.

Em relação à posição na ocupação, os trabalhadores domésticos tiveram um aumento de 2,3% (mais R$ 29), os empregados no setor público (inclusive servidores estatutários e militares) aumentaram 3,5% (mais R$ 174) e os trabalhadores autônomos cresceram 3,6% (mais R$ 97). As demais categorias não apresentaram variações significativas.

Cenário da empregabilidade em MS

Em Mato Grosso do Sul, estima-se que o Estado tenha atualmente mais de 25 mil postos de trabalho ociosos, principalmente no setor industrial. Segundo dados da Funtrab (Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul), o Estado encerrou 2024 com 24.280 vagas de trabalho não preenchidas. A indústria foi o setor mais impactado, registrando um déficit de 5.858 postos de trabalho.

Enquanto a procura por empregos formais cai, 13 mil pessoas entraram na informalidade em Mato Grosso do Sul. No terceiro trimestre do ano passado, a taxa de informalidade chegou a 32,1% da população ocupada no Estado. Ou seja, cerca de 465 mil pessoas trabalhavam, mas sem carteira assinada ou CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica). Já de outubro a dezembro de 2024, o número subiu para 478 mil pessoas, o que elevou a taxa de informalidade para 33,7%. Apesar disso, MS encerrou o ano com a 6ª menor taxa de informalidade do país.

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