O número de pessoas com doenças respiratórias aguardando vaga em hospitais de Campo Grande não para de crescer. Atualmente, são 235 pacientes, sendo 41 crianças, internadas em unidades básicas de saúde da Capital a espera de um leito em hospitalar.
Diante do déficit hospitalar que vive Campo Grande é quase impossível zerar essa fila. Por isso, as estratégias municipais são ampliar a imunização contra a gripe e estruturar as UPAs de Campo Grande, para atender os pacientes com síndromes respiratórias.
A secretária de saúde, Rosana Leite, afirma ao Jornal Midiamax que as UPAs de Campo Grande estão lotadas e com muitas crianças. Porém, as pessoas doentes hoje resultam de infecção há pelo menos duas semanas.
“Estamos fazendo o possível, mas é essencial que a população se vacine contra a gripe. E ainda temos pouca adesão ao imunizante”, afirma Rosana, ao descartar medidas como suspensão de aulas. Campo Grande está em situação de emergência desde 26 de abril.
Acontece que a principal maneira de prevenir as SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) é a vacinação, e mesmo após quase dois meses de campanha, não chega a 50% o público-alvo imunizado. A meta é vacinar 90% das crianças, idosos e pessoas com comorbidades, mas até o momento, apenas 40% se vacinaram.
Em todo o Mato Grosso do Sul, apenas 37% da população foi imunizada contra a gripe na campanha deste ano. A vacinação está aberta para todas as pessoas acima de seis meses e ocorre em todas as unidades de saúde.
Mais de 1,3 mil com SRAG em Campo Grande

Conforme dados da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Campo Grande soma 1.380 pessoas infectadas por doenças respiratórias em 2025. Destes, mais da metade são de crianças pequenas.
Os bebês menores de um ano são as principais vítimas de doenças respiratórias. Em Campo Grande, 831 crianças infectadas este ano, sendo 437 bebês. Os idosos apresentam números menores de infecção, mas maiores em mortalidade.
Só em 2025, Campo Grande soma 125 mortes por doenças respiratórias. Destas, 11 são de crianças de zero a 9 anos e 78 de idosos acima dos 60 anos. Influenza, Covid-19 e sincicial são os que mais causam as SRAG.
Santa Casa restringe atendimento
Na terça-feira (20), a Santa Casa de Campo Grande limitou os atendimentos na ala de pediatria do hospital. O comunicado foi feito, devido à superlotação na área vermelha, com crianças vítimas de doenças respiratórias.
Conforme informou a assessoria de imprensa do hospital, atualmente a unidade conta com apenas três vagas disponíveis na área vermelha, enquanto cinco pacientes seguem entubados. Além disso, não há mais bicos de oxigênio disponíveis para atender novos casos.
A área verde também está superlotada, com 12 pacientes internados e apenas sete leitos. O hospital não tem previsão de quando retorna o atendimento normal. No entanto, a prefeitura de Campo Grande afirma que não foi notificada sobre a decisão.
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