Em Mato Grosso do Sul, as recentes precipitações trouxeram um desafio para os produtores de soja. De acordo com o BMA (Boletim de Monitoramento Agrícola) da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), referente ao período de 1º a 21 de abril, as chuvas ocorridas no Estado atrasaram a maturação das últimas lavouras tardias. Essa condição climática impactou negativamente a qualidade dos grãos colhidos, segundo a instituição.
Entretanto, no cenário econômico, há uma boa notícia para todos os produtores nacionais. Isso porque, em declarações recentes, Yin Ruifeng, afiliado ao Ministério da Agricultura da China, sinalizou a possibilidade de substituir as importações de grãos dos Estados Unidos por outras origens no mercado internacional.
A China, maior compradora mundial de soja, já demonstra uma tendência de diversificação de seus fornecedores. A Bloomberg reporta que o país asiático espera receber um volume acima do normal da oleaginosa da América do Sul no segundo trimestre deste ano, com destaque para o Brasil, Argentina e Uruguai.
A previsão é de que as remessas desses países ultrapassem as 30 milhões de toneladas entre abril e junho, estabelecendo um recorde para o período.
Suspensão de importações
Apesar da perspectiva positiva de aumento nas exportações brasileiras, a matéria da Bloomberg também aponta para um desafio logístico que impactou algumas indústrias chinesas. A lentidão inicial da colheita no Brasil e as restrições logísticas atrasaram os embarques do país, levando algumas empresas chinesas processadoras de soja a suspenderem suas operações.
Essa situação, conforme relatado no site do centro de informações do Ministério da Agricultura da China, contribuiu para a elevação dos preços do farelo de soja em Dalian, atingindo o patamar mais alto desde dezembro de 2023. Adicionalmente, os estoques de soja importada nos portos chineses registraram uma queda, aproximando-se do nível mais baixo dos últimos cinco anos.
Missão brasileira reforça comércio
Em meio a esse cenário, a missão brasileira na China, liderada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, reforça a estreita relação comercial entre os dois países. Durante encontro com o ministro Zheng Shanjie, da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China, foi destacada a importância do intercâmbio bilateral.
Em 2024, as exportações totais brasileiras para o mercado chinês alcançaram US$ 94,37 bilhões, com a soja figurando como o principal produto, totalizando US$ 31,5 bilhões.
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