O nível do Rio Miranda atingiu nesta terça-feira (29) a marca de 6,83 metros, ultrapassando o limite de emergência estabelecido pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), que é de 6,5 metros. A situação, provocada pelas chuvas constantes que atingem o Estado, levou a Prefeitura Municipal de Miranda a intensificar ações de monitoramento e prevenção, com apoio da Defesa Civil e demais secretarias.
Segundo dados da estação localizada na Estrada MT-738, apenas nos últimos sete dias choveu 54,6 mm, o equivalente a 51% da média histórica de abril, que é de 107 mm. Além do Rio Miranda, os rios Aquidauana (em Palmeiras e Aquidauana) e Taquari (em Coxim) também apresentam nível de alerta, conforme informações da Sala de Situação do Imasul.
Diante do avanço das águas, pelo menos uma família precisou ser retirada de casa nesta terça-feira. Outras dezenas de famílias, especialmente ribeirinhas ou que moram próximas às lagoas, estão recebendo cestas básicas e kits de higiene, já que muitos moradores não conseguem trabalhar devido à cheia.
A Defesa Civil de Miranda, por meio do coordenador Ademir Pedrotti, informou que o município conta com monitoramento em diversos pontos estratégicos. “Temos acompanhamento nas cabeceiras, com medição de réguas, nível do rio e volume de chuva. Monitoramos o quilômetro 21, Betione, o rio Miranda na Ponte da cidade, Salobra e o Passo do Lontra. Esses dados nos permitem prever o comportamento do rio com bastante precisão”, afirmou Pedrotti.
Ainda segundo ele, ações preventivas já estão em curso. “Estamos orientando quem quiser sair com antecedência. Temos locais de acolhimento, com cestas básicas, kits de higiene e transporte garantido. Todo o deslocamento é feito com apoio da Secretaria de Obras, com caminhões e pessoal para carregar pertences. Se a pessoa quiser ir para casa de parente, levamos. Se preferir um abrigo, também damos assistência”, completou.
Para os que preferem não deixar as residências, a prefeitura afirmou ter disponibilizado serviços de apoio para elevar móveis e estruturas, além de fornecer mantimentos e água potável. Equipes do CRAS, com psicólogas e assistentes sociais, também foram mobilizadas para prestar apoio.
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