Imagens de satélite mostram que partes do Pantanal sul-mato-grossense estão em situação de estresse hídrico, ou seja, têm menos água do que o necessário para a vegetação. Esta condição, junto à baixa umidade e alta temperatura, aumenta a probabilidade de incêndios, caso o período seco continue nos próximos meses.
As informações foram divulgadas pela ONG (Organização Não Governamental) Ecoa, que atua para preservar o bioma pantaneiro. A organização baseou-se em imagens do satélite Copernicus, desta segunda-feira (14), que mostram estresse hídrico principalmente na porção leste do Pantanal. Assim, a Ecoa alerta órgãos públicos, brigadas comunitárias e proprietários rurais para a necessidade de preparação intensa para prevenir incêndios.
Na imagem abaixo, o vermelho-alaranjado indica que a vegetação apresenta condições de estresse hídrico, enquanto as partes mais escuras, em azul, indicam algum grau de umidade, conforme a Ecoa. “A combinação de estresse hídrico com os fatores de baixa umidade e altas temperaturas, torna-se um cenário preocupante para o Pantanal nos próximos meses”, afirma Fernanda Cano, pesquisadora da instituição.

Estiagem
Desde o fim do ano passado, chuvas intensas nas sub-bacias do Rio Paraguai trouxeram inundação a grande parte da planície pantaneira. No entanto, este quadro agora se reverte com a chegada da seca. A estiagem registrada em julho já começa a reduzir os níveis dos rios da Bacia do Paraguai, conforme o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) divulgou nesta quinta-feira (17).
No entanto, vale lembrar que este movimento faz parte do ciclo natural das águas sul-mato-grossenses. O instituto explica que o regime climático do Estado é marcado pelo período chuvoso, entre outubro a abril, e o seco, de maio a setembro. A boa notícia é que chuvas acima da média entre outubro de 2024 e abril de 2025 favoreceram a recuperação dos níveis de água em algumas regiões do Estado.
Os dados de 2024 e 2025 da Sala de Situação do Imasul indicam que os volumes acumulados de precipitação superaram a média histórica em oito de 11 pontos monitorados, sendo:
- Ladário com 1.082,8 mm de chuva – 412,2 mm acima da média do período;
- Miranda, com um acumulado de 1.034,2 mm, superando em 236,2 mm a média histórica;
- Palmeiras, na região do rio Aquidauana/Miranda, com 1.091,8 mm – um excedente de 139,1 mm.
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