Quem ainda não garantiu um presente para seus companheiros neste Dia dos Namorados, celebrado amanhã, 12 de junho, aproveita as últimas horas que antecedem a data mais romântica do ano para providenciar algo especial.
Em Campo Grande, alguns ainda podem não saber o que levarão para surpreender a amada ou o amado, mas uma coisa é quase unânime: a data não combina com economia. Para entender o que desejam os apaixonados para esta data, a reportagem do Jornal Midiamax foi às ruas da Capital.
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Bruna Daud, de 28 anos, comemorará o 2º Dia dos Namorados com a amada. Ela conta que, além da data, em junho, a namorada completou mais um ano de vida. Assim, decidiu não economizar e presenteá-la ao longo do mês.
Assim, a jovem afirmou à reportagem que, neste mês, não teria economia e que abriria a carteira.
“Este mês vai ser liberado, porque é o mês dela. No Dia dos Namorados vai ter uma surpresa, né?! Um jantarzinho, uma Netflix, mais um presentinho, quem sabe… Sem economia. No mês dela, ela merece. Mas o importante é lembrar: não importa o valor. O importante é fazer questão. Pode ir em qualquer lugar, comer um espetinho, um pastelzinho, o importante é estar juntos nesse dia”, afirma.
Viagem romântica no Dia dos Namorados

Wilson Coelho, de 44 anos, é casado há 20 anos. Para comemorar a data – e as duas décadas de relacionamento -, ele conta que fará uma viagem para Gramado (RS) com sua amada.
“Vamos fazer um passeio romântico, pretendemos tirar uma noite para sair sozinhos, sem filho, sem sogros, sem os pais. E é Gramado, então não tem como falar de economia, mas de qualidade e experiência, né?! Ela merece, já são 20 anos de casados”, pontua.
O casal Sandro Liberato, 51 anos, e Carla Barros, 46 anos, casados há 27 anos, também planejam uma noite romântica, cheia de surpresas. A ideia é que eles façam um passeio em um lugar especial, já especulado por eles em algumas conversas.

“Quero fazer uma surpresa para ela, em um lugar especial, então ela não pode saber”, brinca. “Ela merece do bom e do melhor. Ainda mais pelo tempo que estamos juntos. Merece e merece muito”, enfatiza Sandro.
Carla também já decidiu o que comprar para o marido graças às diversas dicas que ele deu ao longo do ano. Sobre a surpresa, ela afirma ter uma ideia do que seja e, por isso, está ansiosa para a data.
“Já pensei [no presente], é o que ele mais gosta, já me deu dicas. Estou com expectativas, tomara que seja aquilo que a gente estava planejando. Tem que comemorar, né? A gente está junto há 27 anos, então, nada mais justo”, frisa.
Comemorar a vida e o relacionamento no Dia dos Namorados
Neste Dia dos Namorados, Jefferson Flávio, de 54 anos, e Solange Novaes, de 46, têm motivos de sobra para comemorar. O casal, junto há 26 anos, sofreu um grave acidente automobilístico em março deste ano a ponto do veículo dar perda total. Após o susto, comemorar a vida e o relacionamento é uma grande dádiva.

“Estou pensando em algo bem diferente para ela, algo bem romântico, porque eu a amo. Há 28 anos convivendo com a minha esposa, gosto muito dela e desejo muita saúde. Nós nos damos muito bem”, pontua Jefferson.
Solange concorda. Para ela, todo dia é dia de comemorar, já que, segundo conta, o marido é prestativo, cuidadoso, um bom companheiro e um excelente pai.
“Deus deu um livramento para nós dois neste acidente”, conta. “Estamos vivos, temos uma filha de 23 anos e, nesta data, temos que sair para jantar, para comemorar a vida. Eu também sou muito feliz de ser casada com ele. Hoje em dia os relacionamentos não duram mais, não tentam ter a convivência, se conhecer. Tudo é uma questão de paciência”, pontua. “Então é só comemorar. A vida e o namoro!”, acrescenta.
Comemorar é importante, mas ter cautela também
Embora a atmosfera romântica do Dia dos Namorados provoque o ímpeto de investir em tudo aquilo que o parceiro ou parceira gostaria de receber, é importante se planejar financeiramente e executar compras conscientes, ou seja, sem extrapolar o orçamento ou se comprometer financeiramente.
Conforme a economista Aline Pereira Moreira, comprar por impulso pode gerar endividamento ou até mesmo a inadimplência. Por isso, considerando que o Dia dos Namorados é uma data fixa, que todos sabem que vai chegar, é importante que os casais se programem com antecedência.
“O endividamento é quando a pessoa acaba tendo que fazer manobras, como pagar a fatura mínima do cartão de crédito, fazer o empréstimo, ter que buscar outra renda que ele não tinha para conseguir suprir essa dívida que ele fez fora do planejamento dele, fora do orçamento. Já a inadimplência é quando a pessoa realmente precisa deixar de efetuar esse pagamento. Essa conta vai ficar em atraso e prejudicar muito a qualidade do crédito”, explica.
Por isso, uma opção para quem pretende comemorar, mas sem extrapolar o orçamento, é trocar os presentes caros por experiências intimistas, por exemplo. Um jantar, uma noite de filmes ou de jogos, são algumas ideias.
“Ir ao mercado juntos, cozinhar juntos, além de ser mais econômico, vai ser uma experiência boa para o casal. Outra dica é debater sobre o que o outro quer, o que espera para a data, porque às vezes um pensa em comprar um presente caro, mas o que o outro quer é um presente que pode ser mais em conta. Nisso, ele pode acabar economizando”, pontua.
Dialogar é fundamental
É consenso que relacionamento sem diálogo não funciona e, antes de investir em presentes ou experiências caras no Dia dos Namorados, é importante ter uma conversa honesta com o companheiro ou companheira, sobre sua atual situação financeira. Cada pessoa tem uma condição e é importante que o próximo respeite isso.
“Importante que o parceiro entenda que o outro está nesta fase, que ele não vai conseguir presentear com algo relacionado com o dinheiro, mas que, passada essa data, eles poderão comemorar. Às vezes, o presente fica mais barato, o restaurante também. Conversando, podem combinar de, talvez, comemorar a data em outro dia. É importante reconhecer suas prioridades”, explica a economista.
E o cartão de crédito?
Na falta de orçamento, muitas pessoas recorrem ao cartão de crédito. Nesse contexto, a economista alerta para os riscos, afinal, o cartão que dá acesso a crédito pode ser grande inimigo para quem não tiver sabedoria em seu uso.
Conforme a especialista, muitas pessoas utilizam o cartão como uma extensão do salário. Quando isso ocorre, a vida financeira torna-se uma grande bola de neve.
“[O cartão de crédito] não tem que ser uma extensão da sua renda. Ele tem que ser realmente um instrumento de vantagens. Quando ele é usado como uma extensão da renda, é muito perigoso, porque qualquer imprevisto você acaba ficando sem ter como efetuar o pagamento do cartão de crédito. Então tem que ter muita cautela para usar”, frisa.
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