Em meio ao clima quente e chuvoso, característico da verão, a proliferação do mosquito transmissor da dengue, têm se tornado preocupante em todo Mato Grosso do Sul. Somente nos primeiros 20 dias de 2025, Campo Grande registrou 189 casos de dengue, o que corresponde a uma média de mais de 9 noticiações por dia.
O aumento da umidade e o acúmulo de água criam o ambiente perfeito para o desenvolvimento das larvas do Aedes aegypti, que transmite não apenas a dengue, mas também o Zika vírus e a chikungunya. Por isso, é fundamental que a população redobre os cuidados preventivos.
Dengue tipo 3
Conforme a Sesau, embora o sorotipo DENV3 tenha surgido em estados vizinhos e exija atenção especial das autoridades de saúde, em Campo Grande não registrou casos da chamada, dengue tipo 3.
Secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, destaca que, em 2024, o município registrou mais de 12 mil notificações de casos suspeitos de dengue. No entanto, nenhum deles testou positivo para o sorotipo DENV3.
“Já há registros em outros estados, o que é preocupante. Contudo, precisamos continuar mantendo os quintais limpos e adotando todas as medidas de prevenção, pois o calor e as chuvas são condições ideais para o aumento do mosquito transmissor dessas doenças. Cada um de nós precisa fazer a sua parte”.
Para a superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Veruska Lahdo, o momento pede uma maior atenção as ações, prevenção, monitoramento e combate às arboviroses, para evitar a chegada do sorotipo circulante no país em Campo Grande.
“Desde 2007 não temos registros deste sorotipo no município, mas sabemos que a transmissão pode ser rápida. Como qualquer nova onda de transmissão que surge no país, isso exige uma atenção redobrada de todos nós”.
Prevenção
Em meio a alta incidência, a prefeitura implementou as seguintes ações:
- Vacinação contra a dengue: em Campo Grande a vacina está disponível para o público-alvo determinado pelo Ministério da Saúde (10 a 14 anos), com esquema de duas doses e intervalo de três meses. A vacinação é uma das ferramentas para controlar a disseminação da doença. A ampliação temporária contemplou pessoas de 4 a 59 anos.
- Fumacê e bloqueios químicos: o serviço recorrente em diversos bairros de Campo Grande, com a utilização de máquinas de pulverização para combater a infestação do mosquito, com monitoramento constante das áreas de maior risco.
- Mutirões de limpeza: ao longo de todo o ano, a Sesau realiza ações comunitárias para eliminar focos de proliferação do mosquito, com a participação ativa da população e voluntários.
- Capacitação dos agentes de saúde: treinamentos contínuos têm sido empregados para os agentes de combate às endemias, visando otimizar o controle do vetor no município.
Sintomas
Os principais sintomas da dengue incluem febre alta, dor de cabeça intensa, dor nas articulações e erupção cutânea. Além disso, a SES recomenda estar atento aos sinais de alarme, que podem incluir dor abdominal intensa, vômitos persistentes, diarreia, fadiga e sangramento de mucosas.
Nesse cenário, é essencial adotar medidas para evitar a proliferação e contaminação:
- Evitar água parada, em qualquer época do ano, mantendo bem tampado tonéis, caixas e barris d’água ou caixas d’água;
- Acondicionar pneus em locais cobertos;
- Remover galhos e folhas de calhas;
- Não deixar água acumulada sobre a laje;
- Encher pratinhos de vasos com areia até a borda ou lavá-los uma vez por semana;
- Fazer sempre a manutenção de piscinas.
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