Obras de reparo na ciclovia do pontilhão da Avenida Fábio Zahran com a Fernando Corrêa da Costa, em Campo Grande, tiveram início na última terça-feira (25) e têm causado transtornos aos usuários da pista.
No local, um enorme buraco foi aberto onde costumava ser a ciclovia, e ciclistas e pedestres reclamam de falhas na sinalização da obra, além da falta de uma alternativa segura para desviar dela, sem precisar disputar espaço com os veículos.
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O comerciante Manoel Olavo dos Santos, de 71 anos, costuma passar pelo local com frequência para correr. Ele comenta que o percurso está bom; o único problema é quando chega no trecho afetado, pois não há espaço para pedestres passarem.
Manoel explica que, apesar de o local estar sinalizado com cavaletes da Agetran (Agência Municipal de Trânsito), por conta da curva, alguns motoristas podem acabar não percebendo a sinalização e os pedestres transitando.
“O maior perigo são os carros, porque eles vêm em alta velocidade na curva e, às vezes, não percebem muito o cavalete de lá. Então, é perigoso. O pedestre tem que ter muita atenção, tem que desviar aqui pelo cantinho da rua. Até parece que, quando eles [motoristas] veem o obstáculo, dão uma maneirada, mas é arriscado passar”, explica Manoel.

A dona de casa Elizabeth Borges de Souza Lopes, de 56 anos, relata que ela e a amiga sempre passam pelo trecho, pois há muitas opções de ciclovia na região. Ela observa que, apesar das placas da Agetran, nem todos os motoristas estão respeitando a sinalização. Outra situação apontada pela ciclista é que o buraco na ciclovia não está sinalizado.
“Já que não bloquearam totalmente, então que fizessem um desvio para o ciclista também. A gente tem que acessar o trânsito com veículos; é superperigoso. Está mal sinalizada [a obra na ciclovia], porque a gente vem de lá de cima num embalo [e não vê o buraco]. Já é pouca ciclovia que temos, e, quando tem, aí fica desse jeito; é, sinceramente, um desrespeito. É arriscado, e nem todos respeitam”.
O autônomo Jorge Antônio, de 45 anos, passa pela ciclovia todos os dias para ir trabalhar e comenta que, após o início das obras, a situação ficou complicada. Ele relata que antes havia cavaletes sinalizando o trânsito ao longo de todo o trecho da obra, mas, por algum motivo que ele desconhece, foram retirados.
“É muito arriscado, porque a gente tem que fazer um desvio vindo de lá [da outra parte da ciclovia] e depois aqui do buraco, e não tem como a gente entrar de volta [na ciclovia]; a gente tem que entrar no próximo cruzamento. Então, a gente fica disputando espaço com os carros. Muitos respeitam, e muitos dão uma fechada na gente”, descreve Jorge.

O ciclista cita que no local transitam muitos idosos, tanto a pé quanto de bicicleta, e que a sinalização poderia ser melhor. “Já que está tudo quebrado aqui, eles poderiam ter feito um acesso alternativo, mesmo que provisório, para a gente poder sair do perigo dos carros e poder pegar o trajeto seguro da ciclovia de novo”.
Logo abaixo do pontilhão, na Avenida Fernando Corrêa, a reportagem também flagrou outro problema na mobilidade urbana da região. Um trecho da calçada, ao lado da faixa sentido centro da via, estava quase completamente obstruído por manilhas, barro e um buraco com uma poça de água parada.
Em poucos minutos no local, foi observada a dificuldade dos pedestres em transitarem no trecho, precisando pular as pedras e invadir a rua, se arriscando no fluxo da circulação de veículos.

Rachaduras na ciclovia
O Jornal Midiamax tem acompanhado as reclamações dos usuários da ciclovia da Avenida Fábio Zahran, que relataram rachaduras na pista, que apareceram há cerca de dois meses e pioraram com as chuvas.
Após a denúncia dos leitores, a Prefeitura de Campo Grande informou que seriam feitos os reparos necessários para sanar o problema. Conforme nota encaminhada para a imprensa pela Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), a previsão de conclusão da obra de reparo na ciclovia é para a semana que vem. Conforme informado, ainda falta colocar aterro, compactar e colocar capa asfáltica.
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